O alcance e aplicabilidade da lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, tem sido muito discutido. Para Lívia Gimenes, advogada e autora da pesquisa A construção intercultural do direito das mulheres indígenas a uma vida sem violência: a experiência brasileira, a lei quando levada ao contexto das aldeias, é mais problemática, pois as indígenas não se reconhecem nela e têm medo que desestruture a realidade em que vivem. Sgundo a pesquisadora, há resistência de intervenções realizados pelo Estado e o fato de muitas não se sentirem representadas pela lei.
Ainda sobre o tema, a ONU Mulheres emitiu uma nota pública em que fez alerta para o aumento de conflitos violentos contra os povos indígenas no Mato Grosso do Sul, Bahia e Ceará e chamou a atenção para as mulheres indígenas que têm sido alvo de violências perversas em razão de gênero, a exemplo de feminicídios, exploração sexual, tráfico de pessoas e agressões de outras naturezas, que se acentuam à medida em que elas afirmam o seu protagonismo político em defesa dos seus povos e seus direitos em um contexto de defesa de territórios e exclusões sociais.
Projeto Mulheres Seguras
O projeto Mulheres Seguras debateu a violência doméstica e a sofrida em espaços públicos, bem como promoveu a construção de pactos contra a violência, a fim de se tornaram leis municipais, visando tornar o Município um ambiente mais seguro para as mulheres.