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Unidades de saúde na mira dos bandidos

Além de estarem soltas nas ruas, a violência e a insegurança também passaram a fazer parte da realidade dos funcionários e pacientes de unidades de saúde da rede municipal das três maiores cidades do Estado. Foram ao menos dez ocorrências desde dezembro registradas em unidades de Palmas, Araguaína e Gurupi.

Na Capital, foram três casos registrados este ano. Na última sexta-feira, funcionários da Unidade de Saúde da Família (USF) da Quadra 503 Norte foram surpreendidos por dois indivíduos, que entraram pela porta dos fundos, por volta das 11 horas. Eles portavam uma arma de fogo e uma faca e estavam encapuzados.

“Eles renderam uma funcionária nos fundos e já colocaram uma arma na cabeça dela, falando que queria uma moto. Entraram e renderam todo mundo, e colocaram a faca no pescoço de uma das funcionárias. Estavam desorientados”, disse uma servidora da unidade que, por medo, não quis se identificar. Ela também contou que a os bandidos abordaram uma pessoa na rua e levaram sua moto e que, após a ação, ela chamou a Polícia Militar (PM) para tentar encontrá-los, mas o atendimento demorou cerca de 30 minutos.

Hoje, a servidora diz que trabalha com medo, pois além da quadra ter alto índice de violência e tráfico de drogas, o policiamento não é frequente. “Não tem nenhuma segurança. A Guarda Metropolitana tem uma viatura que cobre a região Norte e eles dizem que não ter efetivo para ficar aqui, então é pouco”, lamenta.

Medo

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Os funcionários da Unidade de Saúde Básica (UBS) da Quadra 508 Norte passaram pelo mesmo susto no mês de junho deste ano.

A auxiliar de serviços gerais Domingas Gomes de Oliveira, de 52 anos, estava presente durante a ação rápida dos bandidos, que aconteceu em plena luz do dia. “Dois rapazes chegaram, anunciaram que era um assalto, mandaram minhas colegas deitar no chão. Mandou também as pacientes que tinham chegado a deitar no chão da recepção. Eles ficavam perguntando onde estavam os outros colegas. Depois eles me mandaram deitar e disseram para não olhar para eles”, contou a funcionária, ressaltando que eles ameaçaram atirar e levaram três celulares e a quantia de R$ 500,00.

Domingas ainda contou que ficou em choque após o ocorrido, e que não sabe como vai voltar a trabalhar após o período de férias. “Eu chego primeiro e eu que fecho a unidade. Sinceramente, já estou quase em pânico em saber que eu vou para um lugar em que a qualquer hora um bandido pode me meter a bala. Não tem segurança nenhuma, deveriam colocar um guarda lá”, lamentou.

Roubo

Já na Unidade Eugênio Pinheiro da Silva, localizada no Aureny I, região Sul de Palmas, o agente de saúde Joverson dos Santos Oliveira, de 36 anos, compartilha do mesmo sentimento de medo após o assalto ocorrido em janeiro deste ano. “Homens armados entraram no postinho, renderam todos e roubaram todos os pacientes. Depois, no roubo, levaram uma TV e computadores”, ressaltou o agente, relatando o assalto e contabilizando o prejuízo do roubo que aconteceu durante à noite, no mês de junho.

Fonte: Jornal do Tocantins

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