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Universitários que foram repatriados por causa da pandemia retomam aulas semipresenciais em 2021

Estudantes repatriados da Bolivia chegaram e passaram por exames no HGP - Foto - Antônio Gonçalves

Estudantes repatriados da Bolívia chegaram e passaram por exames no HGP – Foto – Antônio Gonçalves

Lucas Eurilio

A Pandemia trouxe muitos problemas, aliás, bem mais que isso, muito mais. Sabemos que não é apenas uma simples “gripezinha’

Viagens, casamentos, eventos, estudos, sobretudo vidas, foram interrompidas pelo Coronavírus que rapidamente se alastrou por todos os continentes e em todas as partes.

No Tocantins, o sonho de estudar Medicina fora do país, precisou ser paralisado por  alguns por meses por conta do vírus.

Após 36 horas de viagem, mais 64 estudantes são repatriados e testam negativo para a Covid

Vários estudantes do Estado tiveram que ser repatriados da Bolívia, Paraguai. Foram quase 300 acadêmicos resgatados em uma operação histórica.

Em entrevista ao Gazeta do Cerrado, Matheus Lopez, um dos representantes desses estudantes contou que o Ministério da Educação da Bolívia autorizou o retorno das aulas para o início de 2021.

“Terminaram o ano letivo online e a partir do ano que vem vai ser semipresencial ou presencial na metade do primeiro semestre. O ministro da Educação até agora só eu o posicionamento sobre o semipresencial e nada sobre o retorno completo das aulas”, explicou. 

Matheus e a esposa precisaram retornar ao país para não perder a documentação de residência necessária para se manter legal e estudando no país

“O que acontece é que muita gente quer voltar, assim como eu voltei antes de acabar o ano letivo mesmo sendo online por conta da documentação. Esse foi o principal fator. Eles cobram um valor altíssimo pelos documentos. São 28 Bolivianos, o equivalente a R$ 23 por dia, caso estejam atrasados. Eu e minha esposa acabamos perdendo a documentação e estamos correndo multa. Amigos e outras pessoas que e conheço também. Então esse foi um dos principais motivos para voltar agora. Muita gente voltou pra evitar perder a documentação e mesmo assim perdeu. Tá correndo multa até conseguir fazer todos o processos novamente. Acredito que tudo isso deve ser solucionado ainda este ano. “, disse à nossa equipe.

Sobre as perspectivas de retorno das aulas, Matheus acredita que a volta dos estudantes à Bolívia depende da particularidade de cada um.

“Agora é esperar o retorno das aulas. Tem aqueles que estão entrando no internato agora e os que estão saindo, os que querem começar o curso . Todos os estudantes que querem vir, já conversamos pra não desistir, pra não parar no meio, mas entendemos que é o particular de cada um. A maioria das pessoas que conheço já voltaram e outras vão voltar agora no início de janeiro.  Acredito que tudo isso vai ser solucionado até o final deste ano”, 

Preocupação com a Covid-19

Conforme dados do Governo Boliviano, o pais já acumula 146.060 mil casos da Covid com 125.490 recuperados e 9.004 mortes.

Matheus contou que nas fronteiras tudo parece normal e nem máscaras estão usando.

“Aqui na Bolívia tá normal, as medidas de segurança estão sendo mantidas, mas as fronteiras. Ficamos até abismados. Por mais que eu e minha esposa já tivemos Covid, continuamos nos cuidando não apenas por nós, mas também pelas pessoas ao nosso redor. Continuamos seguindo todos os protocolos, mas na fronteira, eles não seguem. É de qualquer jeito, não usam máscaras, não tem álcool em gel, muita aglomeração. Muita aglomeração também nas rodoviárias”.

O estudante de medicina ressaltou que em Santa Cruz de La Sierra, onde mora e estuda, é completamente diferente da visão que tiveram na fronteira.

“Quando chega dentro de Santa Cruz, a gente já vê uma diferença muito grande.  O pessoal aqui respeita. Dentro de cada táxis  que você anda tem álcool em gel, tem uma parte que isola você do motorista atrás, na frente. Tem todo um sistema de segurança. Os ônibus eram lotados, agora eles não deixam. Tá bem controlado.  Na verdade, não está tendo aquele pico de casos. Os casos desceram e pelo menos em Santa Cruz estão se mantendo. Claro que há novos casos, mas não como no início da pandemia. As coisas voltaram a andar porque a população se conscientizou bastante aqui na cidade”, concluiu.

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