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Urbanistas da Áustria estão em Palmas para desenvolver projeto de sustentabilidade

O prefeito Carlos Amastha recebeu na tarde desta segunda-feira, 31, um grupo de professores e alunos de Arquitetura, Paisagismo e Urbanismo da TU-Graz Universidade Tecnológica de Graz, na Áustria, que vão desenvolver um projeto na Orla do Lago e no córrego do Prata, como parte de um programa de Pós-Graduação durante seis meses. O grupo de alunos é composto por estudantes de vários países como Áustria, Holanda, Portugal, Taiwan, entre outros. Já a Universidade Tecnológica de Graz é uma importante instituição na rede internacional de pesquisa e educação da engenharia e da ciência.

Durante o encontro, Amastha fez um breve resumo do histórico do Estado e da Cidade de Palmas e, em seguida, a apresentação ficou por conta dos técnicos da universidade austríaca. De acordo com o professor responsável pelo programa Klaus Loenhart, o progresso tecnológico molda cada vez mais a vida das pessoas. O docente afirmou que, por isso, as universidades tecnológicas estão se tornando mais importante na educação, formação de cientistas, pesquisa e desenvolvimento. “Pensar dessa maneira significa fugir dessa dicotomia em que você tem que fazer uma escolha entre o futuro de desenvolvimento e a natureza, e sim, de construir as duas coisas de uma maneira sustentável”, disse o professor.

Na ocasião, Loenhart demonstrou na ilustração dos projetos anteriormente desenvolvidos para Bienal de São Paulo e na Expo de Milão, onde conseguiu, seguindo a metodologia apresentada, diminuir 10 graus Celsius a temperatura interior com relação a exterior, referente ao pavilhão construído.

“É muito gratificante ver pessoas com tanta experiência de vida e tecnológica vir nos visitar e fazer parte desse sonho de fazer de Palmas um modelo de ocupação urbana. A expertise da Universidade da Áustria acompanhada de perto por técnicos do BID, certamente, rende um fruto de imediato”, ressaltou Carlos Amastha.

Para o Presidente do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (Impup), Ephim Shuger, eles precisam de informações, mapas, cartografia, indicações de terrenos topográficos, geologia, eventos predominantes e regime de chuva para execução do programa do parque. Shuger deixou claro em enfatizar que o projeto contempla aproveitamento da água da chuva, energia solar e uma arquitetura sustentável, com utilização de transporte público, futuro BRT ou bicicleta.

Shuger garantiu ainda que os recursos estão sendo pleiteados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e que vários desses projetos de parques lineares são componentes do projeto de empréstimo, o que assegura que o município terá o recurso para a finalização do projeto executivo profissional com apoio de professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT), ULBRA e alguns estudantes, conforme indicação do próprio BID.

Segundo o presidente, o primeiro contato do município com a Universidade de Graz foi proposto pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, e consiste numa troca de metodologia de experiências. “Hoje tivemos contato com a tecnologia que fotografa a temperatura dos ambientes, a diferença de temperatura na sombra e sol, no asfalto e na grama. Em poucos instantes, foram determinadas as ilhas de calor e frescor, o que assessora na escolha do local para construção de áreas comuns, como os parques”, disse o presidente do Impup.

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