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Vacina da Pfizer neutraliza três variantes do coronavírus em laboratório, aponta estudo

Profissional de saúde se prepara para aplicar a vacina da Pfizer e da BioNTech em Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 7 de janeiro de 2020 — Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Profissional de saúde se prepara para aplicar a vacina da Pfizer e da BioNTech em Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 7 de janeiro de 2020 — Foto: Lucy Nicholson/Reuters

A vacina desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech contra a Covid-19 conseguiu neutralizar, em laboratório, três variantes do coronavírus, aponta um estudo publicado na revista científica “Nature Medicine” nesta segunda-feira (8).

As variantes testadas aparecem na África do Sul e no Reino Unido e têm mutações que ocorrem em uma variante brasileira.

Os dados já haviam sido divulgados de forma preliminar no início de janeiro, mas só agora foram revisados e validados por outros cientistas. A “Nature Medicine” faz parte do grupo de publicações “Nature”, um dos mais importantes do mundo.

Veja os principais pontos do estudo:

  • Os cientistas, da Pfizer e do setor médico da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, testaram o soro de 20 participantes dos ensaios clínicos da vacina. Eles já haviam recebido as duas doses da vacina e já tinham criado anticorpos contra o coronavírus.
  • Depois, os pesquisadores testaram esses soros contra as variantes do vírus.
  • As três variantes neutralizadas tinham a mutação N501Y, que foi associada a uma maior capacidade de transmissão do coronavírus.
  • Uma das variantes neutralizadas, que aparece apenas na África do Sul, teve, além da N501Y, a mutação E484K, associada a um possível enfraquecimento da ação dos anticorpos humanos contra o vírus. Tanto a N501Y quanto a E484K aparecem em uma variante identificada no Brasil – primeiro no Amazonas e, depois, em outros estados.
  • O poder de neutralização dos anticorpos contra a variante sul-africana que tinha a mutação E484K foi ligeiramente menor do que em relação às outras variantes.
  • Por causa disso, os autores concluíram que é necessário monitorar de forma contínua a eficácia das vacinas contra a Covid contra novas variantes do coronavírus.

    No fim de janeiro, a Pfizer e a BioNTech já haviam anunciado que criariam uma dose de reforço de sua vacina contra novas variantes do coronavírus.

    Na última quinta-feira (4), o Reino Unido lançou um estudo para avaliar as respostas imunológicas geradas se as vacinas da Pfizer e de Oxford forem combinadas em um esquema de duas doses. Os dados iniciais devem sair em junho.

Fonte: G1

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