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Vai curtir o carnaval? Veja dicas de como evitar furtos e não estragar a folia

(Rovena Rosa / Agência Brasil)

Entre os dias 3 e 17 de fevereiro, 491 Blocos vão desfilar pelas ruas de São Paulo. A expectativa da prefeitura é que até 4 milhões de pessoas participem da festa. Além da indesejada “ressaca”, a época também traz algumas dores de cabeça, principalmente por conta do aumento de furtos. No Carnaval de 2017, a Secretária de Segurança Pública (SSP), registrou 2 mil ocorrências de furtos e roubos de celular.

“Em locais de muita aglomeração, como blocos de carnaval, os criminosos se aproveitam da distração das pessoas. A maioria dos delitos é por furto. Uma das técnicas usadas pelos infratores é puxar o celular da mão da vítima ou tirar do bolso, da sacola ou mochila, sem que a pessoa perceba”, explica o coordenador operacional do 11º Batalhão da Polícia Militar, major Marcelo Fernandes.

Fernandes ressalta que outra prática comum é o furto utilizando bicicletas, ainda mais quando a pessoa está distraída digitando uma mensagem. “Infelizmente, muitas pessoas não vão apenas para se divertir. Mas para roubar”, completa Fernandes, que apresenta algumas dicas de como se proteger em meio à folia. Confira:

Nada de usar o bolso de trás!

A criatividade não deve se restringir apenas às fantasias. Alguns artifícios como bolsos internos também são bem-vindos na hora de curtir o bloco. “Orientamos que as pessoas transportam o mínimo possível de objetos e se for levar algo de valor que coloque sempre no bolso da frente e não ostente com o celular. Quanto mais puder esconder e usar a criatividade, melhor. O ladrão só vai buscar o que está fácil. Por isso, nunca utilize o celular no bolso de trás”, recomenda o major.

Cuidado com o esbarrão

Conforme já mencionado por Fernandes, as aglomerações tornam os furtos ainda mais propícios. Normalmente os criminosos agem em bando e costumam provocar um tumulto para furtarem celulares, carteiras, correntes e outros pertences.

Evitar ficar no meio da “muvuca” é uma das formas de se prevenir contra eventuais transtornos. “No meio da multidão é comum que ocorra um esbarrão. A pessoa se preocupa com o contato e não percebe que o infrator subtraiu algo”, diz Fernandes.

“Se o folião perceber um grupo com atitude suspeita, o mais indicado é chamar um policial e ele vai fazer a abordagem correta”, reitera o coordenador operacional do 11º Batalhão.

“Os blocos têm os seguranças próprios, mas a Polícia Militar vai dar todo o suporte no entorno para que as pessoas possam se divertir. Teremos um efetivo reforçado com rádio patrulha, força tática, motos e rondas a pé”, completa Fernandes.

Pague sempre com dinheiro

Em alguns blocos do pré-carnaval também foram registradas ocorrências de “clonagem do cartão” em compras feitas com ambulantes. O folião simplesmente passava o cartão e recebia um outro trocado e não percebia, mas em questão de minutos foram feitas compras de até R$ 10 mil”.

O major da PM reforça que, nesses casos, o ideal é sempre levar dinheiro e evitar o uso de cartão. “Caso utilize o débito deve-se digitar a senha o mais próximo possível do corpo”, diz.

Perdi meu celular e agora?

Em caso de roubo ou furto do celular, o primeiro passo é bloquear o aparelho. Antes de sair de casa, Fernandes recomenda separar o IMEI (identidade do aparelho). Normalmente, o número está na caixa do aparelho ou basta digitar *#06#, que o código vai aparecer na tela.

“Ao ter o celular subtraído deve-se fazer um BO (Boletim de Ocorrência), por internet ou na delegacia, logo em seguida e mencionar o número do IMEI. Porque se um policial abordar um indivíduo com o celular furtado ou roubado vai constar como produto ilícito em nosso banco de dados. Ai é até possível recuperar o aparelho”, destaca o major Marcelo Fernandes.

Pulseira de identificação

Além da perda dos pertences pessoais, no carnaval também é comum que os filhos se distanciem dos pais por distração. A diversidade de cores e as inúmeras fantasias chamam despertam a curiosidade, fazendo com que os pequenos se percam na multidão.

Para facilitar a identificação e diminuir o “desespero”, Fernandes recomenda amarrar uma fita colorida ou uma pulseira, com nome e telefone dos pais, no braço da criança. “Se a criança desaparecer quem achar vai ter um telefone para ligar e acionar os pais ou responsáveis”, complementa.

 

Bebida moderada

Não precisa nem lembrar que “se dirigir não beba”, mas outra recomendação também vale para quem for brincar o carnaval: evitar o excesso de bebida alcoólica. Segundo o major, “muitas ocorrências são registradas por conta do álcool”. “As pessoas que ingerem bebida alcoólica costumam ficar mais valentes e muitas brigas ocorrem. A bebida também aumenta a vulnerabilidade e facilita a ação criminosa”, justifica.

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