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“Vai e vem “: Tribunal rejeita embargos e tira Miranda e Cláudia de novo do governo

Maria José Cotrim – Gazeta do Cerrado

O pleno TSE analisou os embargos de declaração apresentados pelo governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e sua vice Cláudia Lélis (PV) à decisão da corte que determinou a cassação de mandato da chapa vencedora nas Eleições Gerais de 2014. A sessão marcada para as 19 horas começou com quase uma hora de atraso.

A sessão, em caráter administrativo, começou ás 19h52 quando o presidente Luiz Fux registrou a presença de alunos do curso de Direito no plenário. O primeiro processo foi uma consulta que tem como relator o ministro Admar Gonzaga.

Em seguida o processo entrou em pauta ás 21h03 e o presidente proveu parcialmente um embargo com relação ao erro no partido de Claudia Lelis que era do PV e não do MDB. Ele negou os embargos.

Mais de 600 pessoas acompanharam o julgamento pela página do TSE no youtube.

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Miranda e Cláudia assistiram ao julgamento em Palmas onde o governador recebeu apoio de amigos e aliados durante todo o dia. Miranda também despachou com secretários nos períodos da manhã. Dentre as principais falas do governador durante todo o período estão:

“Estou de cabeça erguida como muitos não tem condições de andar” e ainda: “Confio na justiça de Deus e dos homens”.

Com a decisão, conforme o Procurador Regional Eleitoral, Álvaro Manzano já afirmou á Gazeta do Cerrado, o TRE vai refazer o cronograma das eleições suplementares.

Instituições e setores temem instabilidade econômica no Tocantins causada pela decisão de cassação por parte do TSE. Aliados políticos de Miranda chegaram a apontar o que chamaram de “dedo político” por trás do julgamento.

Entenda o caso

Tudo começou com a decisão de cassação no dia 22 de março por parte de maioria do Tribunal Superior Eleitoral que determinou ainda a realização de novas eleições diretas. O Estado passaria então por duas eleições este ano. No dia seguinte o presidente da Assembleia legislativa, Mauro Carlesse foi notificado a assumir o governo e a deputada Luana Ribeiro, em consequência, a presidência da Assembleia.

Nos sete duas úteis á frente do governo Carlesse nomeou grande parte da sua equipe e lançou mutirão de cirurgias para acabar com a fila de espera. Em seguida o ministro Gilmar Mendes concedeu liminar para que Miranda voltasse ao cargo até que todos os embargos sejam julgados. O retorno de Miranda foi marcado por comemoração por parte dos aliados.

Miranda voltou e renomeou maioria dos secretários porém a gestão esbarrou em decisão do TJ que proibia continuidade dos concursos da Procuradoria e da Polícia Militar e ainda alguns pagamentos em razão da transição.

Esta semana Miranda lançou um dos mais importantes eventos do Estado, a Agrotins e recebeu apoio público da bancada federal para continuar no cargo.

(Foto: Marco Aurélio Jacob)

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