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Violência contra quilombolas cresce 350% em um ano, aponta relatório

Comunidade Quilombola - Divulgação CONAQ

Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado

O livro “Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil” lançado nesta quarta-feira, 28, no Ministério Público Federal (MPF), mostra o retrato da situação das comunidades no país. De acordo com a obra, dezoito quilombolas foram assassinados apenas em 2017, o que representa um aumento de 350% se comparados com o mesmo período em 2016.

O lançamento da livro/relatório, faz parte das ações do #NovembroQuilombola, que busca dar visibilidade e reconhecer a importância e luta dessas comunidades que estão espalhadas por todo o Brasil.

O evento que foi organizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e pela Terra de Direitos, organização não governamental, mostrou também informações que apontam o crescente número de violência contra as comunidades.

Segundo Givânia Silva, representante da Conaq, a violência mostrada na publicação, mostra o reflexo do racismo institucional e da negligência do Estado brasileiro em implementar políticas públicas para que essa população seja protegida.

“Muitos dos nossos morreram lutando por seus direitos. Essa pesquisa traz no seu histórico a necessidade de não apenas contarmos os cadáveres dos nossos que morreram, mas saber, sobretudo, por que eles estão morrendo”, afirmou Givânia, durante o lançamento.

Estiveram presentes também o coordenaor da Câmra dos Povos Indígenas e Comuniades Tradicionais do MPF (6CCR), Antônio Carlos Bigonha, que ressaltou a importância e urgência em reforçar as políticas públicas já existentes e também o vice-procurador-geral da república, Luciano Maria Maia, que falou sobre como deve se manter o diálogo e a empatia para que uma harmonia seja estabelecida.

Confira o livro/relatório na íntegra.

 

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