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Violência e prisões marcam retirada de famílias de ocupação na capital; Movimento acusa policiais de truculência

Equipe Gazeta do Cerrado

Famílias do Movimento de Luta pela Moradia ocupam uma área na 905 Sul em Palmas desde a madrugada deste domingo, 15. Na tarde de hoje a Polícia retirou os ocupantes de lá e teve confusão.

Cinco pessoas chegaram a ser detidas e vídeos mostram a atuação nos Policiais durante a abordagem. O grupo reclama que houve truculência, violência policial e cinco pessoas chegaram a ser levadas para a Delegacia.

Vídeos mostram a abordagem a alguns integrantes que chegaram a ser levados presos.

A ocupação

O movimento justifica que há várias famílias há muitos anos cadastradas à espera de uma moradia e que resolveram ocupar o local. “É uma área do Estado que tem embargo jurídico, ou seja está a anos parada na justiça, e que possui infraestrutura para moradia, o que levou os antigos proprietários reivindicaram a área na justiça…”,alega a assessoria jurídica do movimento em entrevista à Gazeta.

Horas após o início da ocupação, algumas forças de segurança chegaram ao local. Para acontecer a reintegração de posse é necessário uma ordem judicial. As famílias temiam desde cedo a possibilidade de confronto no local.

Há a suspeita ainda de incêndios propositais supostamente por parte de outras pessoas na vegetação do local em razão da ocupação.

Segundo o movimento, que contava com cerca de 300 pessoas no local, iniciou a limpeza do lote e queriam construir casas para própria moradia, já que estão a anos na fila a espera de uma casa para morar.

Confirma nota do movimento sobre o assunto:

NOTA DE REPÚDIO A PRISÃO POLÍTICA EM PALMAS – TO

Na tarde deste domingo, 15 de setembro, a Polícia Militar interviu com truculência e deteve cinco militantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) na ocupação da Quadra 905 sul, em Palmas. Dentre os presos está o diretor da União Nacional dos Estudantes, Guilherme Barbosa, estudante de direito da Universidade Federal do Tocantins. A quadra é fruto de uma disputa judicial, entre o Estado do Tocantins e particulares. A PM agiu com totalmente arbitrariedade, sem uma ação judicial de reintegração de Posse e com violência.

O ato de hoje configura mais uma ação de criminalização dos movimento sociais e dos defensores e defensoras dos direitos humanos! As pessoas foram detidas de forma injusta e arbitrária, mostrando mais uma vez o autoritarismo presente nas estruturas da PM brasileira.

Pela soltura imediata de Guilherme e todos os presos políticos. Não permitiremos que o Estado siga perseguindo aqueles e aquelas que lutam pelo nosso povo!

Diretoria Executiva da União Nacional dos Estudantes

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