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Vistoria constata falta de profissionais, de pelo menos 50 medicamentos e problemas estruturais na UPA-Sul

Vistoria foi realizada pelo Ministério Público do Tocantins - Foto - MPTO

Vistoria foi realizada pelo Ministério Público do Tocantins - Foto - MPTO

 

Vistoria foi realizada pelo Ministério Público do Tocantins – Foto – MPTO

Após representação, o promotor de Justiça Thiago Ribeiro Franco Vilela, titular da 19ª Promotoria de Justiça da Capital, realizou na manhã desta terça-feira, 28, vistoria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul, onde constatou falta de medicamentos e de profissionais da área de enfermagem na unidade.

Atualmente, há necessidade de 33 técnicos de enfermagem e 21 enfermeiros para atender à demanda da unidade, situação que tem causado sobrecarga de trabalho aos servidores e deficiência no atendimento dos pacientes. Também há ausência de profissionais para atuar na área administrativa.

Conforme relatos dos profissionais, os contratos vencem e não são renovados, porém já foram encaminhados ofícios à Secretaria Municipal de Saúde (Semus) relatando a condição da unidade, que atende a região sul da Capital, porém foi informado pelo órgão que as contratações só serão feitas a partir de janeiro de 2024.

Durante a vistoria, comprovou-se a longa espera de pacientes por atendimento, sendo que muitos relataram estar na unidade há mais de duas horas. Além disso, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) mostraram que os banheiros da UPA estão sem fechadura e as paredes, com mofo.

Vistoria foi realizada pelo Ministério Público do Tocantins – Foto – MPTO

Falta de medicamentos

Na visita ao setor de farmácia da unidade, foi constatada a falta de 54 medicamentos, dentre eles antibióticos como amoxicilina; e anti-inflamatórios como nimesulida, ibuprofeno, dexametasona e diclofenaco.

Também encontram-se em estoque crítico 32 medicamentos, como dexametasona, diazepam, hidrocortisona, lidocaína, oseltamivir, entre outros remédios necessários para o atendimento dos pacientes.

A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus-Palmas)

Em nota, o órgão esclarece que, conforme a Lei n° 1.417/2005, a pasta já havia atingido o limite permitido para contratação desses profissionais. Com a alteração, publicada no dia 16 de novembro no Diário Oficial n° 3.342, o processo para contratação de enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistente administrativo já está em tramitação para suprir o déficit.

Em relação aos medicamentos, as UPAs são abastecidas semanalmente pela Central de Abastecimento Farmacêutico (Caf) e destaca que o reposição vai ser feita, conforme solicitação da unidade. Quanto aos banheiros, a UPA Sul está passando por um período de reforma. As alas masculinas e femininas já foram finalizadas e atualmente a equipe trabalha na pediatria. Todos os setores receberão serviços de melhorias, inclusive banheiros. A previsão é que toda a obra seja finalizada até o início de janeiro.
Sobre o tempo de espera, vale destacar que as UPAs são para serviços de urgência e emergência, ou seja, a prioridade são para pacientes que apresentam gravidades e correm risco de vida. Os pacientes vermelhos são atendidos imediatamente; os amarelos são avaliados em até 30 minutos; já os verdes são usuários que podem esperar atendimento ambulatorial em até 240 minutos (quatro horas) e os azuis são casos de menor complexidade e podem aguardar até 360 minutos (seis horas).

Vistoria foi realizada pelo Ministério Público do Tocantins – Foto – MPTO

Fonte – Ascom MPTO

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