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Vistoria constata vários problemas em três dos maiores hospitais do Estado

Vistoria MPTO - Foto - MPTO

Vistoria MPTO – Foto – MPTO

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 19ª Promotoria de Justiça da Capital, realizou esta semana vistorias no Hospital Geral de Palmas (HGP), no Hospital e Maternidade Dona Regina e no Hospital Infantil. O intuito foi verificar a situação estrutural dos estabelecimentos e ouvir dos servidores as sugestões para melhoria dos atendimentos nestas unidades de saúde, a fim de cobrar providências do Governo do Estado.

As inspeções foram realizadas pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro e iniciaram na segunda-feira, 30, no HGP. No local, o promotor foi recebido pelo diretor da unidade, que apresentou as reformas que estão sendo realizadas nos leitos com o intuito de aumentar a capacidade de atendimento e a agilidade dos serviços prestados aos usuários.

Foi verificada a necessidade de reforma na cozinha e ampliação da ala de psiquiatria, de 10 leitos para 20 leitos, bem como a separação por gênero. Devido à superlotação do local, os pacientes são atendidos em leitos comuns, colocando em risco, desta forma, a integridade dos demais usuários, servidores e de outros assistidos.

Ainda na ala psiquiátrica, os servidores sugeriram que o ambiente recebesse materiais e móveis específicos para o setor, a exemplo de cadeiras adequadas, lixeiras de plástico, bancos fixados no chão, a fim de evitar a ocorrência de acidentes. Por fim, os servidores também manifestaram a importância da instalação de um local de repouso para os profissionais da saúde.

Já na terça-feira, 01, foi a vez das outras duas unidades. No Hospital e Maternidade Dona Regina, o promotor de Justiça Thiago Ribeiro constatou elevada taxa de ocupação da UTI Neonatal,  necessidade de conclusão da sala do centro de parto normal, pois vai contribuir com o fluxo de atendimento, além da falta de medicamentos como omeprazol 40 mg EV, ranitidina 150 mg comprimido, dopamina, entre outros . Outro problema apontado como recorrente, segundo os servidores, é a taxa de ocupação de pacientes encaminhados das cidades de Paraíso do Tocantins e de Porto Nacional, ocasionada pela falta de médicos pediátricos e obstetras nestas localidades.

No mesmo dia, foram inspecionadas as instalações do Hospital Infantil, onde foram observadas irregularidades como falta de enfermeiros e técnicos de enfermagem, sendo que atualmente a unidade conta com apenas quatro enfermeiros atuando por plantão, quando o adequado para suprir a demanda seriam nove. Também foi constatada a existência de apenas um profissional de limpeza e ausência de medicamentos e insumos diversos, bem como a falta de colchão na unidade para repouso dos servidores plantonistas.

Com base nos relatórios produzidos, o promotor de Justiça fará um expediente à Secretaria Estadual de Saúde requerendo que sejam adotadas providências para a regularização dos problemas apontados.

O Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (SES-TO).

Em nota, o órgão disse que com relação às vistorias do Ministério Público Estadual (MPE) nas unidades hospitalares do Estado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), informa que já finalizou, desde o início desde ano, o projeto para revitalização da ala psiquiátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP). Porém, devido à pandemia da Covid-19, que exigiu da SES todo esforço em organização de estrutura e serviços para seu enfrentamento, não foi possível dar continuidade ao plano. A SES trabalha para realizar o projeto no próximo ano.

Sobre o centro de parto normal do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos, a SES está fazendo o remanejamento de recursos para a finalização das obras.

Com relação aos recursos humanos, a SES já autorizou a contratação de profissionais de saúde para cobrir as escalas (em substituição a servidores afastados devido a contaminação pelo novo Coronavírus) dos hospitais Infantil de Palmas, Regional de Paraíso e Maternidade Tia Dedé de Porto Nacional  para manter a regularidade dos serviços prestados à população.

Por fim, 2020 foi um ano atípico devido à pandemia do novo Coronavírus, há falta de medicamentos, matérias primas e insumos mundialmente. A SES teve diversas licitações de compras desertas, o que inviabilizou a compra, além de ter que notificar diversos fornecedores pelo não fornecimento dos produtos adquiridos. Diante disso, a Pasta está buscando todas as formas legais para garantir o fornecimento, além de realizar a compra compartilhada com outros entes federados, por meio do Consórcio Brasil Central para garantir os estoques e melhores preços.

Fonte – Ascom MPTO

 

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