Ícone do site Gazeta do Cerrado

Vistoria do MPE confirma falta de alimentação no Hospital Geral de Palmas

Após denúncia, por telefone, de que pacientes do Hospital Geral de Palmas (HGP) estariam sem receber alimentação, o Ministério Público Estadual (MPE) realizou na manhã desta terça-feira, 23, uma vistoria que confirmou esse fato. A Promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery conversou com pacientes e acompanhantes nas enfermarias e nos corredores do maior hospital público do Estado, os quais relataram que foi servido o café da manhã, mas que o almoço não foi fornecido.

A representante do MPE esteve na cozinha do HGP e foi informada pelos funcionários da Litucera, empresa contratada pelo Governo do Estado para fornecimento de alimentação hospitalar, de que não havia ingredientes para o preparo das refeições. Também afirmaram que já haviam informado a situação à diretoria do hospital, ainda pela manhã, e que essa baixa no estoque de alimentos teria sido comunicada anteriormente.

A Promotora de Justiça solicitou apoio policial, diante da situação de flagrante delito. O delegado Jeter Aires Rodrigues conduziu dois representantes da Litucera, uma diretora do HGP e dois representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para serem ouvidos na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, a fim de concluir inquérito que já havia sido instaurado a esse respeito, atendendo a requisição do Ministério Público.

Para Maria Roseli “a situação é gravíssima, uma vez que a falta de fornecimento de alimentação compromete a recuperação dos pacientes internados”

Pacientes como Luiz Carlos, que aguarda procedimento cirúrgico no Hospital, relataram que foram pegos de surpresa com a falta de alimentação. “Tenho só essa laranja para matar minha fome. Ninguém veio aqui me informar que não teríamos comida na hora do almoço”.

Durante a vistoria, representantes da Sesau informaram ao Ministério Público que a empresa Litucera não cumpriu com o acordo firmado na semana passada, de que forneceria regularmente a alimentação até esta terça-feira, data em que um novo acordo de quitação das dívidas seria entabulado.

A Promotora de Justiça advertiu os representantes da Sesau de que o Estado deve acionar a empresa judicialmente, como fez no caso da paralisação dos exames laboratoriais no Hospital Regional de Araguaína, medida que resultou em liminar favorável determinando a retomada do serviço.

Fonte: Assessoria de Comunicação

Sair da versão mobile