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Vítima de violência, mulher que se mudou de três cidades fugindo do ex se mantém com R$ 354

Foto: Reprodução

Mulher teve os moveis colocados na rua em outubro após não conseguir pagar o aluguel e ser despejada – Divulgação

Lucas Eurilio

R$ 354,00! Imagina que sonho? Aluguel, água e energia, tudo por esse valor. Mas, o que há por de trás desse número aparentemente pequeno para alguns?

Agressão, violência física e uma medida protetiva por ameaças de  morte constantes feitas do ex-marido.

As mulheres vivem em constante perigo todo o tempo. Tudo começa como uma ‘simples’ brincadeira. São de piadas machistas, que evoluem para agressões verbais, psicológicas, físicas  e que em muitos casos infelizmente chegam ao feminicídio.

Aqui mais uma vez  vamos contar a historia de Dona Ilza – nome usado por nossa equipe para preservar a imagem da mulher – vítima violência doméstica, a senhora já precisou mudar para três cidades diferentes no Tocantins para fugir de seu agressor.

Em 20 de outubro deste ano mostramos a situação de Ilza. Ela tinha sido despejada por não conseguir pagar o aluguel e teve as seus móveis colocados na rua.

Mulher que foge de ameaças de morte do ex-marido é despejada e precisa de ajuda em Palmas

Dona Ilza estava também com uma doença que causou algumas feridas nas mãos e nos pés. A senhora chegou a passar por um tratamento após ir a uma dermatologista, mas por não conseguir comprar mais o medicamento, as feridas estão voltando.

“Enquanto eu fazia o tratamento elas melhoraram, mas o remédio acabou e elas estão voltando”, disse

Ela contou que agora que os pés estão feridos, sente mais ainda o racismo.

“Já senti e vivi muitas vezes e agora está pior. Tudo por causa dessa doença nos meus pés”.

Passaram-se dois meses desde a última ‘conversa com a nossa equipe. Atualmente, Dona Ilza ainda segue fazendo das ‘tripas o coração’ para garantir o mínimo e sobreviver.

Um aluguel de R$ 250, água de R$ 48 e energia de R$ 56, muitas vezes os R$ 354 se torna tão pequeno que não há nem o que comer.

Dona Ilza disse em entrevista ao Gazeta do Cerrado nesta segunda-feira, 21, que consegue juntar dinheiro para pagar as despesas, mas só quando encontra uma diária.

“Arrumei duas diárias na semana de R$ 50 cada uma. Com esse dinheiro eu pago o aluguel. A água e a energia estão atrasadas. Eu vou vivendo como posso. Um vizinho me ajuda aqui, outro alí, e eu vou passando”, contou ao Gazeta. 

Ilza que é de Araguaína se mudou de Pedro Afonso, onde morava com o agressor, passou por Luzimangues, Palmas e agora vive escondida em outro local, com medo de ser morta pelo ex-companheiro.

O ex-marido e a amante chegaram a se apossar de um churrasquinho que a Dona Ilza mantinha na cidade onde morava.

“Nasci em Araguaína e fui criada em Goiânia. Perdi minha mãe aos 11 anos e depois fui trabalhar na cozinha dos outros, onde conheci meu ex-marido com 17 anos, e ele com 28 anos na época. Ele é de Rubiataba (GO) e viemos embora para o Tocantins, para Pedro Afonso e lá começamos a viver bem por um tempo. Eu fui casada com ele 20 anos. Antes de acontecer tudo que aconteceu fui agredida várias vezes”. 

Dona Ilza segue na esperança de um dia não precisar mais fugir de lugar nenhum por conta do ex-companheiro. O medo ainda é constante.

Prestes a vencer o próximo aluguel, dona Ilza precisa de ajuda e para isso, basta entrar em contato com 63 98419-4273 ou caso queira ajudar com alguma quantia em dinheiro:

Ag- 1737
Conta Poupança- 7656-4
Operação – 013
Caixa Econômica Federal

 

 

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