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Wanderlei Barbosa afirma que vai discutir questão tributária com setor de frigoríficos

O Tocantins tem se empenhado para alcançar a chancela de zona livre da aftosa sem vacinação - Esequias Araújo/Governo do Tocantins

O governador em exercício do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, na manhã desta sexta-feira, 5, durante lançamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa, informou que o Governo está aberto para discutir a questão tributária com os produtores e os empresários do setor de frigoríficos que compõem a cadeia da carne tocantinense.

O lançamento ocorreu na Fazenda Nelore JAL, do proprietário José Luiz Boteon, no município de Araguaçu (região sul do Tocantins), que mantém o maior rebanho do Estado com cerca de 413 mil cabeças de bovídeos. Nesta segunda etapa, que segue até o dia 30 de novembro, a estimativa é de que sejam vacinados 4,5 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos) com até dois anos de idade, declarados na campanha de maio de 2021.

O governador Wanderlei Barbosa destacou o compromisso com os produtores rurais e que pretende discutir a questão tributária dos frigoríficos nos próximos dias. “Eu quero resgatar o que há de melhor no Estado. Já orientei o secretário da Agricultura, Jaime Café, e ele terá a liberdade de discutir com os frigoríficos a questão tributária, de maneira que nós possamos repensar essa questão para que possamos ajudar o empresário”, informou.

Atuando na agropecuária tocantinense há 10 anos e com um rebanho com mais de 2,5 mil matrizes, o proprietário da Fazenda Nelore JAL, José Luiz Boteon, ressaltou a importância da vacinação para a qualidade da carne que produz. “A vacinação é de suma importância não só para o meu rebanho, mas para o Brasil de modo geral, que mesmo sofrendo embargo nas exportações, nós conseguimos nos manter como o maior produtor de carne do mundo”, destacou o pecuarista.

Reconhecimento Nacional e internacional

Com um crescimento de 11% no rebanho de bovídeos em 2021, em relação a 2020, o Tocantins consolida o setor pecuário como um dos grandes responsáveis pelo crescimento econômico do Estado, alcançando 9,7 milhões de cabeças de bovídeos.

O presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Paulo Lima, destacou que o Tocantins tem destaque nacional pela sua atuação na inspeção animal. “Nós já chegamos ao nível de 98,80% do rebanho vacinado e temos nos destacado no cenário nacional no que diz respeito à inspeção animal. E claro, isso só é possível com o empenho e a colaboração do nosso produtor rural e, agora, a discussão que queremos provocar é a retirada da vacinação”, disse.

O Tocantins está há 24 anos livre de casos de febre aftosa e tem se empenhado no cumprimento das exigências do Ministério da Agricultura para alcançar a chancela de zona livre da aftosa sem vacinação em 2022.

O secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, destacou o empenho da atual gestão nas pautas do setor. “Têm sido prioridade na agenda do governador Wanderlei todos os assuntos do campo, produção, industrialização e tem sido muito fácil essa comunicação”, destacou.

Na oportunidade, o governador Wanderlei Barbosa assinou um Termo de Cooperação Técnica entre o Governo do Tocantins, a Seagro, o Ruraltins e as prefeituras de Sandolândia e Araguaçu para o recebimento de sementes de feijão, milho e arroz.

Campanha

A primeira etapa da campanha foi realizada entre 1º e 31 de maio e vacinou cerca de 9 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos), independentemente da idade. Com foco em alcançar novos mercados, o Tocantins se prepara para a retirada da obrigatoriedade da vacinação contra febre aftosa para o próximo ano.

Mas até lá, a vacinação continua obrigatória e a legislação prevê multa para quem deixar de vacinar o rebanho, sendo de R$ 5,32 por animal e R$ 127,69 por propriedade não declarada, além de outras sanções.

Orientações

Para eficácia da vacinação, a Adapec recomenda cuidados no transporte, armazenamento e utilização da vacina. Os imunizantes devem permanecer na temperatura entre 2 °C e 8 °C até o momento da aplicação, utilizar agulhas novas e desinfetadas para evitar abcessos no gado, aplicar a dose de 2 ml por animal na tábua no pescoço e procurar vacinar nos horários mais frescos do dia, início da manhã ou fim da tarde.

As doses do imunizante devem ser adquiridas em estabelecimentos agropecuários devidamente cadastrados na Adapec. A Agência orienta ainda que os pecuaristas aproveitem o manejo do rebanho e vacinem os animais contra raiva e brucelose.

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