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Xiaomi passa Apple e se torna a 3ª maior fabricante de celulares do mundo

Xiaomi faz lançamento oficial do Mi 9 em três versões; saiba tudo — Foto: Divulgação/ Xiaomi

O terceiro trimestre de 2020 trouxe sinais de recuperação para o mercado global de celulares, com um volume de vendas próximo ao do mesmo período de 2019. O destaque do setor foi a Xiaomi, que cresceu mais de 40% na comparação entre os trimestres, ultrapassou a Apple e aproveitou as dificuldades enfrentadas pela Huawei para encostar na rival.

As consultorias Canalys, Counterpoint e IDC publicaram praticamente juntas seus relatórios de venda de smartphones, todas registrando um crescimento expressivo da Xiaomi — 45%, 46% e 42%, respectivamente.

O mercado como um todo registrou um volume de vendas um pouco abaixo do terceiro trimestre de 2019. Com uma variação para baixo entre 1% e 4%, dependendo da consultoria.

(Imagem: divulgação/Counterpoint)

Novo normal

Como esperado, a Samsung retomou a liderança do mercado, tomada brevemente pela Huawei no segundo trimestre. O período beneficiou a gigante chinesa, que contou com a reabertura de seu principal mercado (China), enquanto o Ocidente e a Índia adotavam medidas de distanciamento social.

Os sul-coreanos se recuperaram com força no terceiro trimestre, registrando um crescimento de 2% na comparação com o mesmo período de 2019 — e mais de 40% na comparação com o segundo trimestre de 2020. A fabricante contou não apenas com a reabertura de seus principais mercados, como também com o crescente sentimento anti-China na Índia. A Samsung retomou da chinesa Vivo o segundo lugar no mercado indiano, que apresentou no período seu maior volume de vendas da história.

(Imagem: divulgação/Canalys)

Novo terceiro lugar

Outro impacto da pandemia no período foi o adiamento do novo iPhone. Geralmente lançada em setembro, a atualização anual dos smartphones da Apple aconteceu em outubro neste ano. Apesar das boas vendas dos modelos 11 e SE, o atraso do iPhone 12 ajudou a Apple a registrar uma queda nas vendas, que deve ser compensada no quarto trimestre. O período tradicionalmente registra os melhores resultados da empresa norte-americana, com picos que combinam o lançamento dos novos modelos com as datas comerciais de fim de ano.

Uma das beneficiadas no terceiro trimestre foi a Xiaomi, que ultrapassou a rival norte-americana pela primeira vez na história. A terceira colocação da fabricante chinesa também é inédita, resultado do forte crescimento entre 2019 e 2020. Os analistas da Canalys destacaram que o aumento nas vendas da marca, de 14,5 milhões de unidades, foi praticamente inverso ao da Huawei, que registrou queda de 15,1 milhões.

(Imagem: divulgação/IDC)

As vendas da Xiaomi subiram 88% na Europa entre os terceiros trimestres de 2019 e 2020, além disso, a fabricante teve bons resultados na China e outros países do sudeste asiático.

5G em ascensão

A Counterpoint destacou os números da venda de celulares 5G. Segundo a empresa, no terceiro trimestre de 2020 foram vendidos mais aparelhos de nova geração que em todo o primeiro semestre do ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o segmento registrou um aumento de 82%.

A alta dos smartphones 5G foi puxado pelas fabricantes chinesas — Huawei, Oppo, Vivo e Xiaomi (HOVX) —, que lançaram mais e mais aparelhos com preços abaixo dos 2.000 iuanes (cerca de R$ 1.700), quebrando o patamar de ¥1.000 com o recente Realme Q2i.

i (Imagem: divulgação/Counterpoint)

Realme se consolidou como sétima força; grupo BBK é maior que a Huawei (Imagem: divulgação/Counterpoint)

Novo desafiante

Além da Xiaomi, outra fabricante chinesa a apresentar crescimento na casa dos 40% foi a Realme. A marca do grupo BBK ultrapassou a marca de 50 milhões de smartphones vendidos, número que alcançou mais rápido do que qualquer outra empresa do mercado, segundo a Counterpoint.

(Imagem: divulgação/Counterpoint)

A marca — que já prepara sua chega ao Brasil — cresceu espantosos 90% apenas na China. As boas vendas nos demais países asiáticos ajudaram a Realme a se aproximar das “irmãs” Oppo e Vivo, deixando ainda mais para trás as marcas Lenovo/Motorola e LG.

Fonte: Canaltech

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