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A disparada da venda de vinhos durante a pandemia; manter clientela é o desafio

Não houve ano melhor para a venda de vinhos no Brasil que 2020. Diferente do restante da economia, as políticas de isolamento social contra a disseminação do novo coronavírus tiveram papel importante para impulsionar os negócios.

Com o setor de eventos paralisado e fechamento de bares e restaurantes, o vinho ganhou espaço ao se tornar a escolha de bebida para momentos de lazer em casa.

Dados da Ideal Consulting mostram que a comercialização mensal da bebida em julho deste ano alcançou 63,4 milhões de litros – três vezes mais que o mês de março, com 21,3 milhões. Foram os meses em que o isolamento foi mais forte no país. De janeiro a agosto, foram 313,3 milhões de litros, 37% mais que no mesmo período do ano passado.

A exceção foram os espumantes, muito ligados às festas e comemorações. No período, houve queda de 5% nas vendas, de 9,3 milhões para 8,8 milhões de litros.

Os números dão conta da venda de vinícolas para supermercados, lojas e restaurantes, somando importações. Captam, portanto, a formação de estoque e não a venda na ponta.

O desafio de produtores de vinhos, agora, é manter a clientela. Dados de agosto mostraram uma queda de 21% em relação ao mês anterior, escancarando uma desaceleração do setor junto com a abertura da economia.

E os preços?

Segundo os dados nacionais, dólar mais alto tornou o vinho brasileiro mais competitivo nas gôndolas e animou bons produtores. Neste ano, a moeda americana subiu cerca de 40% em reais, elevando o preço dos importados por aqui.

Resultado é que, até agosto, o crescimento das vendas de vinhos finos brasileiros foi de 93% no intervalo contra o ano anterior.

Com informações de levantamentos nacionais

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