A chacina que aconteceu em Miracema neste último final de semana chocou o o Tocantins. Aprigio Feitosa da Luz, de 24 anos; Pedro Henrique de Sousa Rodrigues de 21 e Gabriel Alves Coelho de 18 anos foram assassinados com um tiro na cabeça cada um ao sair de uma loja de conveniência e os corpos foram jogados numa rua da cidade. E nenhum dos três tinham histórico criminal.
O caso aconteceu no sábado, 5, após o assassinato de um policial militar em confronto com criminosos. A Polícia Civil ainda investiga se há relação entre os casos.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Ferreira uma força-tarefa vai “empenhar todos os esforços possíveis para poder desvendar esses episódios ocorridos em Miracema”.
O delegado ainda destacou que não há indícios do envolvimento de Manoel e Edson na morte do PM. “No primeiro momento não foi identificada nenhuma relação de prática criminosa por essas pessoas em períodos anteriores”, disse.
Famílias buscam respostas
Os irmãos de Pedro Henrique estão inconformados e querem uma reposta das autoridades.
“A gente precisa que isso seja divulgado. Que chegue uma posição pra nós. O que realmente aconteceu. Porque se tem uma coisa que machuca demais é a gente viver nessa incerteza, não saber o que aconteceu com ele. A gente pede justiça. A gente clama por justiça”, disse a diarista Rivane Sousa, ao G1.
“Era um menino bom. Não é porque era meu irmão, mas era uma pessoa pacífica. Ele não era bandido. Foi sepultado como bandido, morto como bandido”, afirma o construtor Roberto Gil.
A situação é a mesma na casa do pescador Serafim Nonato, que é o pai de Aprigio. Ele não consegue entender até agora o que aconteceu. “Bem abalado. É um filho que vem desde pequeno trabalhando mais eu na roça em todo o local”.
O caso
Os três jovens foram executados por volta das 10 horas de sábado em Miracema, após a morte do sargento Anamom Rodrigues e de outras três pessoas: Valbiano Marinho da Silva , suspeito de atirar no PM; o irmão dele Édson Marinho e o pai dos dois Manoel Soares que segundo a policia não tinham envolvimento no caso.
A delegacia de Miracema está com reforço no policiamento. Foi pelo portão da frente que 15 homens fortemente armados e encampuzados, renderam um agente e uma escrivã e mataram Édson e Manoel enquanto eles aguardavam procedimentos após prestar depoimentos. Uma força-tarefa foi montada para apurar o caso.