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Uma honraria do Senado Federal que reconhece pessoas que contribuíram para a defesa dos direitos da mulher, o Prêmio Bertha Luz traz dentre as homenageadas deste ano a chef de cozinha Ruth Almeida. A sessão aconteceu nesta quarta-feira, 23, no plenário de Senado, em Brasília (DF).
Ruth foi indicada pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) para o Diploma Bertha Luz. “A história de Ruth Almeida é notável: ex-quebradeira de coco, merendeira, doméstica e cuidadora de crianças, ela conquistou inúmeros prêmios na área de gastronomia, a exemplo do título de Melhor Chef de Cozinha do Brasil, o Prêmio Dolmã 2021, considerado o Oscar da gastronomia brasileira”, destacou a senadora.
Este ano, a lista contempla 21 agraciadas, escolhidas pelas senadoras integrantes da Bancada Feminina do Senado. Entre as escolhidas estão empresárias, políticas, pesquisadoras, profissionais de saúde e do direito. Dentre as homenageadas estão a primeira-dama Michelle Bolsonaro e Maria da Penha, farmacêutica bioquímica, autora do livro “Sobrevivi… posso contar” e fundadora do instituto que leva seu nome, além da Lei em proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.
Ruth Almeida
Ruth é chef de cozinha, consultora e pesquisadora da culinária afroindígena. Ela já foi quebradeira de coco, merendeira em escolas públicas e cozinheira em hotéis. Agraciada com o título de Melhor Chef de Cozinha do Brasil pelo Prêmio Dolmã 2021 e como Melhor Chef de Cozinha do Tocantins pelo Prêmio Dolmã 2017, considerado o Oscar da gastronomia brasileira.
Em 2017, Ruth foi escolhida como chef de cozinha representante da região Norte na 2ª edição do “Fórum Tourist Brasil”, considerado um dos mais consagrados eventos de turismo da América Latina. Em 2016, participou do reality “Cozinheiros em Ação”, do canal GNT, e terminou a competição em terceiro lugar. No programa, fez pratos típicos da cozinha brasileira, a fim de valorizar a culinária da roça. O chef francês e apresentador do programa Olivier Anquier definiu a comida de Ruth como “uma cozinha de amor”.
Prêmio
O prêmio completa 20 anos em 2022. O nome do prêmio homenageia a bióloga Bertha Lutz (1894-1976), uma das figuras centrais do movimento sufragista brasileiro. A cientista da primeira metade do século 20 que empresta seu nome à premiação do Senado abraçou a luta pela emancipação das mulheres na academia, na política, na educação, na cultura e em outras áreas.
Por Cinthia Abreu