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Coluna Cultura do Vinho – A Festa de Babette

Depois de falarmos sobre festa de casamento vamos abordar outra ocasião legal, como já falei o que faz o vinho antes da comida e o evento que o cerca, nunca tome um vinho bom quando você estiver triste, ou de mau humor, pois mesmo sendo um bom néctar, vai marca-lo para sempre (na sua memória emotiva). O assunto hoje é o jantar que você faz para amigos em casa.

No filme que da nome a coluna de hoje: “A festa de Babette”, uma ex chef de cozinha de um grande restaurante de Paris, foge escondida da França durante a invasão nazista e é acolhida por uma família na Dinamarca, onde ela se esconde e não revela a sua origem.

Depois de um tempo, ela resolve agradecer os seus anfitriões com um banquete (erroneamente traduzido no Brasil já que inglês este evento se chama de feast) digno de reis. É assim que todo anfitrião quer que seu convidado se sinta, a pessoa mais importante do mundo.

Nos pequenos eventos é muito mais fácil você escolher tanto o cardápio quanto a carta de vinhos por diversos motivos, você sabe quanto seus amigos conhecem e você pode ajustar o seu orçamento de acordo com isso, tentar contar uma historia com começo meio e fim com seus pratos, entrada, prato principal e sobremesa, quanto menos pratos tiver mais marcante este deve ser, o mesmo se aplica ao vinho.

Vou fazer um menu simples para exemplificar: começaria com um bife tártaro, que digamos assim e uma versão francesa do kibe cru, ou como não é uma unanimidade talvez um queijo de centro cremoso (como Brie ou Serra da Estrela) assado no forno com uma deliciosa geleia de pimenta em cima, aqui acompanharia qualquer um com um belo espumante nacional como Chandon ou Adolfo Lona.

Para prato principal faria um fettuccine Alfredo feito na mesa com queijo Peccorino (de cabra que é bem mais temperado que o parmesão), ou deixo o queijo mais tradicional como o faixa azul (três dias curando antes de ralar) para fazer o molho com nata e manteiga derretida em cima da pasta quente, isso tudo acompanhado de um Malbec da Catena.

Para finalizar o mousse de maracujá e imbatível, eu sei que e bem mais simples que os outros mais bem feito ele e imbatível aqui acompanhado de um Moscatel e seu equilíbrio entre acido e doce.

Boa semana e bons vinhos.

Ricardo Pisani, Colunista da Coluna Cultura do Vinho é: Publicitário e auto didata em vinhos e enologia, transformado em produtor de vinho. O conhecimento iniciou em casa e na prática, com dois restaurantes abertos pela família. Anos depois participou da formação da Vinícola Pisani em Santa Catarina onde, presta assessoria hoje.

 

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