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Como vai sua saúde mental nesta quarentena? “O importante é não ficar de pijama o dia todo”, diz psicóloga

No dia 16 de abril, a pandemia do coronavírus completou 50 dias no Brasil. Do primeiro caso confirmado até hoje já são mais de 2.000 mortos no país e mais de 33.000 mil casos de infectados pela Covid-19. Apesar do cenário, autoridades em saúde afirmam que o país ainda não chegou no pico da doença, portanto, as projeções não são animadoras. Sabendo que a situação pode piorar, a psicóloga Soraya Oliveira, que atende no Órion Complex, em Goiânia, orienta as pessoas a se preparem psicologicamente para enfrentar o que está por vir.

“A grande preocupação é com o quadros de ansiedade com o que estamos vendo em vários lugares. Por exemplo, a situação de Manaus com diversos casos e de São Paulo, com caminhões frigoríficos ao lado dos hospitais para levar os corpos. É uma cena chocante”, explica.

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Segundo a psicóloga, pessoas que já tem registros pretéritos de depressão estão mais suscetíveis à piora do quadro.

“É natural que a gente se sinta entristecido neste período, especialmente quem estiver cumprindo rigorosamente a quarentena, mas a depressão em si é herança de outros tempos”, afirma.

“É importante também ficar atento às alterações de humor e estabelecer uma rotina mantendo as atividades que faria se estivesse indo para a rua.”

“Levante, troque de roupa, faça seu home office, estabeleça horários para atividade física. Atualmente, com a internet, temos muitas possibilidades de aplicativos que nos ajudam na prática esportiva. O importante é não ficar de pijama o dia todo”, reforça.

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A compulsão alimentar também tem sido uma queixa frequente. Segundo Soraya, o que acontece, na verdade, é que como as pessoas estão em casa a oferta de comida é maior. “Você tem mais acesso à sua geladeira. É como se estivesse de férias. O problema é que comer exageradamente gera a culpa, por isso é tão importante ter uma prática regular de atividade física, assim a rotina fica equilibrada.” Outro motivo importante para se cuidar é evitar qualquer possibilidade de ir ao hospital, afinal, os postos de emergência estão lotados e ir até os atendimentos urgentes pode trazer riscos. A psicóloga reforça também o cuidado com o excesso de álcool:“A bebida alcoólica influencia na imunidade do organismo, que precisa estar saudável para combater o vírus, por isso é preciso moderar”.

É importante também gerir os relacionamentos, pois podem ser abalados pelo o excesso de convivência, seja conjugal ou entre os filhos.

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“Certamente não é o momento de discussões, estamos todos fragilizados com o momento. O ideal é tentar superar, passar por cima e não ter grandes embates. Com as crianças, a orientação é promover atividades lúdicas para que elas liberem energia, de preferência desenvolver alguma atividade física”, orienta.

Para Soraya, quando isso tudo acabar, a humanidade estará mais fortalecida, dando valor aos detalhes.

“O mundo todo está precisando de respiradores e nós temos a todo momento o ar. Os abraços, até então banalizados, vão ser mais valorizados; assim como a nossa família, nossos pais, avós e netos. Toda essa experiência, nos levará a sermos melhores, mais humanos e darmos valor no que de fato é importante na vida: saúde, fé, amor, paz, carinho, humildade,  sabedoria, dignidade enfim todos os valores que não se compra, a vida.”

fonte: Comunicação sem Fronteiras

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