Ícone do site Gazeta do Cerrado

Pesquisadores demonstram como máscara e distanciamento são eficazes na prevenção da Covid

Foto: Divulgação

Um experimento de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) demonstra a eficácia do uso da máscara e do distanciamento social. Cientistas fizeram uma simulação onde foi possível observar como a saliva se comporta no ambiente e como a máscara consegue proteger pessoas em situações cotidianas.

A professora Viviane Alves, coordenadora das ações educativas de enfrentamento à Covid-19, do Departamento de Microbiologia da UFMG, explica que para o experimento utilizou os mesmos métodos que são usados nas aulas práticas de microbiologia. “A gente criou situações simulando a vida real”.

Importância da máscara e do distanciamento social

Os pesquisadores realizaram algumas simulações para demonstrar diversas situações de risco presentes no cotidiano, como conversar próximo e sem máscaras. Para isso, as cientistas usaram manequins e pessoas voluntárias, com e sem máscaras, e em duas diferentes distâncias – a meio metro – distância comum de uma conversa – e a dois metros – distância recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com uma iluminação específica e com câmera lenta, a equipe da TV Globo, gravou as partículas que saem da boca dos voluntários durante a conversa e durante um espirro. O material orgânico foi coletado em placas com meios de cultura – placas que possuem nutrientes e substâncias que criam condições para os microrganismos multiplicar-se em condições para pesquisa.

LEIA: EXCLUSIVO GAZETA – “Tocantins pode se preparar para encarar dias duros”, analisa médico assessor do Ministério da Saúde sobre Covid

Os voluntários foram induzidos a espirar em diferentes circunstâncias e distâncias do manequim. Para não haver risco para os pesquisadores, eles fizeram a pesquisa com a detecção de bactérias que não fazem mal à saúde.

Publicidade

“No caso do Coronavírus a gente não pode trabalhar por causa da biossegurança. Mas se a gente consegue mostrar que na saliva espirrando e conversando, conseguimos transmitir bactérias que são mais pesadas que os vírus, indiretamente a gente mostra que a saliva também é um veículo de transmissão de vírus”- Viviane Alves, coordenadora das ações educativas de enfrentamento da Covid-19, do Departamento de Microbiologia da UFMG.

Leia – Distanciamento social: Por que é necessário?

Alves explica que as gotículas que são liberadas pela saliva, mesmo as microscópicas, podem carregar, tanto bactérias, quanto fungos, quanto vírus, e, por isso, as medidas de higiene são importantes, não só para a Covid.

“A gente sabe que mais de cinquenta por cento das doenças infecciosas são evitadas com as mesmas medidas de higiene.”

E a simulação demonstra exatamente isso. Quando a máscara foi colocada, a contaminação não aconteceu. A simulação demonstra que, quando se tem o distanciamento de 2 metros e a máscara é usada, o nível de proteção aumenta.

“As gotículas maiores de saliva alcançaram no máximo um metro e meio e, por isso, a recomendação é conversar com outra pessoa a dois metros de distância. A gravidade puxa essas gotículas para o chão. As gotículas menores ainda, que são os aerossóis, podem percorrer distâncias maiores. (…) Então, por isso,a importância de usar máscaras” – Viviane Alves, coordenadora das ações educativas de enfrentamento da Covid-19, do Departamento de Microbiologia da UFMG.

Leia também: Atraia boas vibrações com as cores das flores e suas simbologias

Giliane Trindade, professora do departamento de microbiologia da UFMG, afirma que o uso de máscara, a distância de segurança, a lavagem das mãos e o uso de antissépticos, como o álcool em gel, são recursos importantes para diminuir o risco de infecção.

“O objetivo do experimento é mostrar para a população, de uma maneira muito clara, como que essas medidas, podem ser eficaz na diminuição do risco de contágio pelo coronavírus. São medidas muito simples que basta só a gente introduzir no nosso cotidiano”. – Giliane Trindade, professora do departamento de microbiologia da UFMG.

fonte: G1
Sair da versão mobile