Boletim da SES

Tocantins registra cinco mortes e 5,8 mil pessoas feridas em acidentes com animais peçonhentos em um ano

Calor e tempo seco favorecem a presença de escorpiões em casa — Foto: Raiza Milhomem/Prefeitura de Palmas
Calor e tempo seco favorecem a presença de escorpiões em casa — Foto: Raiza Milhomem/Prefeitura de Palmas

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta segunda-feira (10), um boletim com a quantidade de ocorrências de picadas de animais peçonhentos. De acordo com a pesquisa, foram notificados 5.814 acidentes e cinco óbitos durante o ano de 2024.

O documento foi elaborado pela Área Técnica Zoonoses e Peçonhentos da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS/SES-TO), com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Com relação às mortes, as vítimas foram picadas em cinco cidades e pelos seguintes animais peçonhentos:

  • Marimbondo – 1 vítima em Goiatins
  • Abelha – 1 vítima em Sítio Novo
  • Cobra jararaca – 2 vítimas em Centenário e Dianópolis
  • Cobra cascavel – 1 vítima em Monte do Carmo

Nas notificações, segundo o boletim, a maioria está relacionada ao acidente com escorpiões, totalizando 1.911 casos notificados, o que representa 33% dos acidentes. Em seguida parecem as picadas de abelha, que fizeram 872 vítimas, e de serpentes, com 720 casos.

Também foram registrados 569 casos de picadas de aranha, 135 de lagartas e o restante de outros tipos de animais com peçonha.

Cobra peçonhenta resgatada no Tocantins — Foto: PM/Governo do Tocantins

Mais dados

O boletim também mostra que 59% do total de pessoas picadas por animais são homens (3.438). Os outros 41% são mulheres que sofreram acidentes similares (2.376). Isso se deve, segundo à SES, à possibilidade de haver mais homens atuando em atividades como a agricultura, construção civil e trabalhos ao ar livre.

Durante os meses do ano, os ataques variaram entre 415 e 579 casos. O mês com mais registros foi janeiro e o com menos, agosto de 2024.

A faixa etária das vítimas também foi levantada pela SES, sendo identificado que houve mais casos entre pessoas de de 20 a 29 anos. Confira:

  • Até 9 anos – 786 (14%)
  • 10 a 19 anos – 828 (14%)
  • 20 a 29 anos – 981 (17%)
  • 30 a 39 anos – 916 (16%)
  • 40 a 49 anos – 891 (15%)
  • 50 a 59 anos – 667 (12%)
  • 60 A 69 ANOS – 479 (8%)
  • 70 a 79 anos – 196 (3%)
  • 80 ou mais – 60 (1%)

Do total de acidentes, 4.073 (70%) aconteceram nas zonas urbanas e 1.620 (28%) na zona rural das cidades.

As partes do corpo mais atingidas pelos animais foram pés e pernas, em 32% dos casos. O dado é seguido por picadas nas mãos e dedos, em 25% dos casos. Já a cabeça apareceu em 13% dos acidentes. Nesse último caso, as vítimas podem ter sido picadas por abelhas, marimbondos, ou outros insetos que voam.

Orientações

Em casos de acidentes com animais peçonhentos, a SES orienta que a vítima receba imediatamente atendimento médico em um período inferior a uma hora. Isso evitará que o veneno se espalhe pelo corpo e a pessoa receba soro antiveneno caso seja necessário.

(Fonte: g1 Tocantins)

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