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Vinho:Conheça os mitos sobre uma das bebidas mais consumidas no mundo

O vinho é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, mas sobram dúvidas a seu respeito. Entre mitos e verdades, uma coisa é certa: nada como uma taça do seu rótulo favorito no final de um longo dia. Confira a seguir uma série de afirmações comumente difundidas sobre vinhos e veja o veredito de especialistas:

1. Quanto mais velho, melhor o vinho
Apesar de ser um senso comum, isto nem sempre é verdade. Principalmente quando falamos nos rótulos mais baratos das prateleiras. Ainda que esta seja a bebida fermentada com maior capacidade de envelhecimento, a maioria dos vinhos é vendida pronta para consumo, não tendo sido feita para durar tanto tempo. Mesmo no caso de um bom vinho, o ideal é consumi-lo em até 25 anos.

2. Garrafas de base profunda são garantia de vinhos melhores
“A garrafa com base profunda costuma representar um bom investimento, pois são mais caras de produzir, mas não existe nenhuma comprovação de que ela possa interferir na qualidade do vinho. É uma aposta”, explica Ciro Sabella, especialista em vinhos e chef do Vinarium Antica Trattoria.

3. Os melhores vinhos são de uma única uva
A qualidade não tem relação alguma com a variedade de uvas utilizadas na produção de um vinho. “É só pensarmos nos famosos vinhos de Bordeaux, região da França, feitos todos com blend de uvas”, destaca Ciro.

4. Vinhos com tampa de rosca tem qualidade inferior
As tampas de rosca são muito utilizadas para diminuir custos na produção, além de dificultarem a proliferação de bactérias. Portanto, pode beber sem medo, esses vinhos não são falsificados e nem de qualidade inferior.

5. Vinho leva corante
Diante daquele sedimento no fundo da taça ou da garrafa, muitas pessoas passaram a desconfiar que os vinhos levavam corante, mas não é o caso. “Esse sedimento significa que o vinho é de uma produção mais natural, já que alguns vinhos não são filtrados. Os sedimentos também se formam devido ao corante natural do vinho ficar sólido depois de alguns anos na garrafa”, explica Sidney Lucas, sommelier da Enoteca Decanter Blumenau. 

6. Vinho doce tem adição de açúcar
Neste caso, é preciso definir de que vinho estamos falando. Quando tratamos de vinhos finos, é inadmissível a adição de açúcar, sendo o sabor adocicado proveniente do açúcar residual da própria fruta, não transformado em álcool durante a fermentação. Já os vinhos suaves, comuns nos mercados, podem sim ter adição de açúcar, então, vale conferir a lista de ingredientes.

7. Vinho branco é feito somente com uva branca 
Os vinhos brancos podem ser produzidos com uvas brancas e tintas, visto que a polpa de ambas é clara. “Quando feito com uvas brancas, o mosto – suco das uvas depois de prensadas – tem contato com as cascas por algumas horas enquanto fermenta. Já com as uvas tintas, não há contato com as cascas para não colorir a bebida”, explica Sidney.

8. Vinho rosé pode ser fruto de uma mistura de vinho tinto e branco
Na maioria dos casos, o vinho rosé é produzido a partir da fermentação de uvas tintas por um curto período com a casca, e depois sem ela, o que confere a cor apenas levemente rosada à bebida. “É possível, sim, encontrar no mercado rótulos de vinho rosé produzidos a partir da mistura de vinho tinto e branco, mas este é um sistema de vinificação cada vez menos usado”, afirma Ciro.

9. O vinho verde não é verde
É difícil de acreditar, mas o vinho verde pode ser um espumante, rosé e até mesmo um tinto. “A bebida tem esse nome por conta da região em que é produzido: na Demarcada dos Vinhos Verdes (RDVV), ao norte de Portugal”, afirma Sidney.

10. Espumante e champagne são a mesma coisa
Todo champagne é um espumante, mas, nem todo espumante é um champanhe. “Ficou confuso? Calma, pra ficar mais simples, siga essa dica: apenas o espumante produzido na região francesa de Champagne pode ser chamado de champanhe, de resto, é espumante”, explica Sidney.

11. Para garantir qualidade, as garrafas devem ser guardadas deitadas
Por muitos anos, houve a suposição de que, se a garrafa estivesse em pé, a rolha poderia ficar seca, gerando danos de qualidade a bebida. Porém, o sommelier Sidney explica que para um armazenamento por curto período, de até 1 ou 2 anos por exemplo, a qualidade do vinho se mantém, independente da posição da garrafa.

12. Vinho pode ser armazenado na geladeira
Após aberto, o vinho deve ser mantido em uma temperatura mais baixa que o ambiente, a fim de diminuir a oxidação e garantir maior durabilidade ao vinho. Mas cuidado, mesmo na geladeira os vinhos duram em média três dias após abertos.

13. Nunca adicione gelo ao vinho
Não é preciso ser tão radical, mas prefira não gastar muito dinheiro com o vinho em questão, já que o mesmo será diluído e um pouco descaracterizado com a adição de gelo. Então avalie bem se esse é o seu objetivo ou se prefere desfrutar dos sabores e aromas originais da bebida. “Especialmente os vinhos brancos, rosés e espumantes podem ser ingeridos com alguns cubos de gelo para refrescar no verão”, sugere Sidney.

14. Existe um jeito certo de segurar a taça de vinho
Pode até parecer mais seguro segurar a taça pelo bojo, parte que contém a bebida, mas além de contrariar as normas de etiqueta, o contato das mãos pode esquentar a bebida, comprometendo a qualidade do vinho. “Pelo bem da etiqueta e da temperatura ideal, segure a taça pela haste”, indica Sidney.

15. O queijo é a melhor opção para acompanhar vinhos
Esta é sim uma ótima opção, porém, é necessário saber que não se mistura qualquer queijo com qualquer vinho. “Existem alguns tipos de queijos de sabor muito intenso que acabam anulando o sabor do vinho, como é o caso do roquefort ou do gorgonzola, que harmonizam bem com o vinho do Porto, mas podem anular os tintos mais delicados”, alerta Sidney.

fonte: Casa e Jardim

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