Por Marco Aurélio Jacob
O Mundo enfrenta uma crise sem precedentes, que vai desde o viés econômico até a reavaliação dos valores e princípios que iremos transmitir ou que consideramos importante para uma tomada de decisão, seja ela pequena, média ou de grandes proporções.
Há quem esteja, após anos de incentivos, atolados nas dívidas do sonho de uma vida melhor, com casa própria, nova geladeira, maior e mais econômica, um carro novo com menos problemas e também mais econômico, ou mesmo quem arriscou um padrão de vida melhor e teve que recuar…
Até mesmo para quem está começando a vida de trabalho e só viu os pais ou a sociedade passar por isso e reclamar o fim deste período, culpando determinado partido por esta crise, que na verdade é mundial.
Enfim, são duas linhas que podemos traçar neste momento:
- A da reconstrução de um mundo melhor, mais profissional (digo mais eficiente mesmo), mais justo (digno ou com dignidade), onde todos juntamos as forças e o transformamos;
- E o da negação dos problemas e a fuga, não no sentido negativo, mas sim o de que existem tantas barreiras, corrupção, impostos, salários baixos (pelo custo de vida alto), e bloqueios que vem desde uma educação (formal e informal) mal transmitida e mal assimilada, onde o sujeito normal (brasileiro) não se sente inserido na tomada das decisões e nem próximo disto no sentido de poder mudar o seu entorno.
Para quem está decepcionado e sonha com um lugar melhor para viver, nem que seja temporariamente, eu particularmente sugiro, é o chamado ano ou anos sabáticos, onde a pessoa é estimulada a conhecer outras culturas e a morar e trabalhar, ou só mesmo passear (para quem pode, claro).
Esta experiência engrandece a vida e traz muitos benefícios, inclusive, como no meu caso, que já conheci mais de 20 países, a valorizar ainda mais a minha terra natal, mesmo com seus problemas, já que ainda assim, é a nossa morada original, terra de nossos ancestrais, mesmo que tenha outras origens étnicas, é a terra de lutas e conquistas que ainda hoje pode ser considerada um do melhores países para se viver, já que o povo é acolhedor, as terras são férteis, o clima favorável, e as potencialidades, tanto das riquezas da terra, como minérios como Ouro ou o nióbio, como das belezas cênicas que cada região do Brasil tem para oferecer.
O que me inspirou a escrever este artigo foi outro artigo da Catraca Livre, que aborda 10 destinos que pagam para morar, uns pagam para ser “ratos de laboratório” para estudo de impacto de gases tóxicos no corpo humano, outros querem te isolar em uma ilha com mais 240 pessoas te pagando quase R$ 100 mil por ano, outros lugares frios precisam de mais gente, enfim, segue a lista:
Da América do Norte à Ásia, confira uma lista com 10 cidades onde você será recebido de braços abertos e ainda ganhar um dinheiro.
1 – Alaska (Estados Unidos)
As condições meteorológicas são tão duras que o Estado oferece US$ 2.000 para aqueles que vivem lá, pelo menos por um ano. No inverno a temperatura pode chegar a -50ºC. Saiba mais o programa aqui.
2 – Ponga (Espanha)
Provavelmente você nunca ouviu desta cidade? Naturalmente, porque quase não há habitantes. O governo espanhol tem uma política de “repovoamento” e paga até € 3 mil para viver nele. Não parece ruim, não é?
3 – Saskatchewan (Canadá)
A cidade dispõe de € 13 mil para estrangeiros que queiram morar no Canadá. Requisitos: ser recém-formado, comprovar a proficiência no inglês e ficar na cidade por sete anos. O mais difícil, sem dúvida, será aprender a pronunciar o nome da cidade corretamente. Saiba mais aqui.
4 – Detroit (Estados Unidos)
Em 2013, a cidade de Detroit, no Estado de Michigan, decretou falência em consequências da profunda crise industrial que atravessa há uma década.
A cidade perdeu 60% de sua população desde os anos 50, cerca de 700 mil habitantes, e entre 2000 e 2010 viveu a saída de um quarto de seus moradores, tendo regiões inteiras transformadas em bairros fantasmas.
Recentemente Detroit criou um programa de incentivos que para trazer pessoas para morar e trabalhar no município.
Batizado de “Detroit Live Downtown“, o programa oferece subsídio de US$ 2,5 mil no primeiro ano e depois de US$ 1 mil no segundo ano, além de um empréstimo de US$ 20 mil para comprar de uma casa.
5 – Niagara Falls (Estados Unidos)
Apesar de receber milhares de turistas todos os anos, essa cidade na fronteira com o Canadá, sofre um sério problema de déficit populacional. Para reverte o êxodo e atrair estudantes, o governo oferece até US$ 3,4 mil para quem for morar lá.
6 – Tristan da Cunha (Reino Unido)
Tristan da Cunha é a mais remota ilha habitada do mundo. Fica no meio do oceano Atlântico, entre a África e a América do Sul.
A paradisíaca ilha — território ultramarino britânico– tem apenas 267 habitantes e possui uma única rua pavimentada. O salário: £ 25 mil por ano, transporte a casa para morar. Mais informações: www.tristandc.com/jobs.php.
7 – Utrecht (Holanda)
A cidade holandesa não sofre com a debandada da população. O incentivo, de € 900, para quem mora na cidade faz parte de um estudo, que vai observar como é a produtividade de indivíduos que recebem incentivos econômicos do governo sem precisarem trabalhar.
8 – Miyakejima Island (Japão)
Esta é para quem gosta de adrenalina e esteja disposto a se aventurar. A ilha concentra a maior quantidade de gás sulfúrico no mundo. Por lá, é impossível viver sem uma máscara de oxigênio. O governo japonês decidiu pagar para quem topasse morar na ilha e fazer parte de um estudo que irá investigar os efeitos do gás no ser humano. Tem coragem?
9 – Camden (Canadá)
Em uma tentativa de reativar sua economia, a cidade de Camden dá 2,8 hectares de terra para empreendedores que geram 24 ou mais postos de trabalho na cidade.
10 – New Haven (Estados Unidos)
A pequena cidade costeira de New Haven, no Estado de Connecticut, viveu uma epidemia de crack em meados dos anos 80 e início dos anos 90.
A cidade, que abriga a renomada Universidade de Yale, oferece cerca de US$ 9 mil para pessoas de fora morarem lá por cerca de cincos anos.
Com informações do site Catraca Livre