Apenas três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes, anunciaram hoje (18) o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com base em pesquisa.
Em uma escala de 1 a 10, consumidores entrevistados dão nota média de 8,9 para a importância do tema consumo consciente, mas apenas três em cada dez consultados (32%) podem ser considerados, de fato, conscientes – um aumento de 10,2 pontos percentuais em relação a 2015, quando esse percentual era de 21,8%.
Apesar de ter apresentado melhora, o aumento do indicador foi discreto em relação a 2015, avaliam o SPC Brasil e a CNDL. “Assim como em 2015, os entrevistados associam mais frequentemente o consumo consciente com atitudes relacionadas apenas a aspectos financeiros, ficando em um segundo plano as esferas ambientais e sociais”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota.
Indicador
O Indicador de Consumo Consciente (ICC), calculado pelo segundo ano seguido, atingiu 72,7%, permanecendo praticamente estável em relação a 2015, quando estava em 69,3%. O ICC pode variar de 0% a 100%: quanto maior o índice, maior é o nível de consumo consciente.
O estudo do SPC Brasil segmentou consumidores em três categorias, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: consumidores conscientes – que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80% – consumidores em transição, cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas e consumidores nada ou pouco conscientes, quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%.
Para elaborar o indicador, foi realizada uma pesquisa com perguntas para investigar os hábitos, atitudes e comportamentos que fazem parte da rotina de 600 consumidores nas 26 capitais mais o Distrito Federal, com idade a partir de 18 anos. Essas questões permearam as três dimensões que compõem o conceito de consumo consciente, e todas elas obtiveram resultados abaixo do desempenho ideal de 80%: práticas ambientais (72,5%), práticas financeiras (73,8%) e práticas sociais (70,6%).
Fonte: Agência Brasil