A primeira Capital do Tocantins, Miracema, completa 73 anos nesta quarta-feira, 25.
O município tem a estimativa de 17.936 pessoas pessoas, de acordo com a Prefeitura.
Atualmente o Município é administrado por Camilia Fernandes, viúva do Prefeito Moisés Costa da Silva, morto em 30 de agosto de 2018, tendo como vice-Prefeito o empresário Aprijo Ribeiro da Cruz Neto, cujo mandato segue de 01 de janeiro de 2021 até 31 de dezembro de 2024.
A gestão, publicou um vídeo nas redes sociais em comemoração aos 73 anos da cidade. Assista aqui.
História
Segundo a Prefeitura, a história de Miracema começa com os garimpos que atraíam imigrantes para o Norte de Goiás, no início do século XX, passando pela exploração da cana-de-açúcar e a navegação fluvial. Em 1929 chegaram os primeiros habitantes, se fixando no local devido à beleza da paisagem. A região foi denominada Xerente e Bela Vista. Em 1948 o distrito foi desmembrado de Araguacema, com a denominação de Miracema do Norte. Em 1988, com o desmembramento do Estado de Goiás, originando o Tocantins, Miracema do Norte, hoje Miracema do Tocantins, foi escolhida para sediar a capital provisória do Estado, por ato do presidente da República. Permaneceu nesta condição no período de 1º de janeiro de 1989 até 31 de dezembro do mesmo ano, quando foi instalada, em Palmas, a capital definitiva.
Atrativos: praia de Mirassol, no Rio Tocantins; Balneário do Lucena e Correntinho, praia do Funil e Ponto de Apoio, Miracaxi (carnaval fora de época), Mirafolia (carnaval) e Agostina (evento country). Festas populares: Festejos de Nossa Senhora de Fátima, festa junina, aniversário da cidade e Festa de Terezinha do Menino Jesus e festejos do Correntinho Padroeira: Santa Terezinha do Menino Jesus ( 1° de Outubro) Mais Informações ( Dados disponíveis no site do IBGE) Comenta-se que os primeiros a habitarem a região foram os índios Xerente. Nessa região permaneceram pouco tempo.Ela era assolada pela febre. O ribeirão Providência era denominado, Ribeirão do Inferno. Este nome foi motidificado, posteriomente, por iniciativa de Frei Antõnio de Ganges, então vigário da vizinha Piabanha (atual Tocantínia), num ato litúrgico celebrado na barra do citado ribeirão.
É voz corrente que os primórdios do município prendem-se aos fatores fertilidade do solo e abundância da caça que fornecia pele sempre cobiçada e geralmente explorada por habitantes da vila Piabanha, município de Pedro Afonso. Em 25 de novembro de 1920 foi criado o distrito de Lajeado pela Lei Municípal nº 2. E só foi instalado em 12 de novembro de 1934, passando a denominar-se Bela Vista em razão da sede já ser de fato nesta localidade, por conviência administrativa. Por volta de 1922, fixou residência no local onde acha-se o porto atual o Sr. Pedro Praxedes. Ali veio ele intensificar a sua agricultura, já iniciada há anos, uma vez que residia em Piabanha. Construiu um engenho e dedicou-se ao cultivo da cana-de-açucar. Verificando ele a beleza da paisagem local, deu-lhe o nome de Bela Vista. Após sua vinda, algumas famílias para ali se dirigiram e dedicaram-se também a agricultura. Mesmo contra a vontade de Pedro Praxedes, mas com o apoio da administração municipal, o sr. Temístocles Sardinha Sardinha instalou um pequeno estabelecimento comercial nas proximidade e passou a fazer concorrência ao comércio da vila de Piabanha (hoje Tocantínia). mantinha estreito contato com os sertanejos da região que lhe forneciam, principalmente, peles silvestres. Ao redor deste estabelecimento foram se localizando imigrantes procedentes, notadamente do Estado do maranhão. Para ali acorriam, assim como se introduziam pelo sertão, movidos pelas informações sobre a fertilidade do solo e da existência de boas pastagens para criação do gado. É do consenso geral que o distrito de Bela Vista teve como seu primeiro sub-prefeito o sr José Lima, que teria tomado posse na data da instalação do mesmo. Grande progresso veio a ter então vila de Miracema, nome escolhido por destacados habitantes locais, com a descoberta do garimpo da Piaus(atual Pium), de 1941 em diante. E em fins de 1944, com a descoberta, no próprio distrito, do garimpo de Monte Santo, por exploradores oriundos do garimpo de cristal em Piaus. Destacam-se os irmãos Hipolito e Vicente Gomes.
A vila transformou-se em entreposto comercial dos garimpos. O progresso concorreu para que seus habitantes alimentassem a idéia da emancipação político-administrativa. Da idéia passaram à iniciativa e, após muito trabalho viram coroados de êxito os sacrifícios dedicados a causa. O distrito, de Xerente (nome dado pelo decreto-Lei nº 8.305 de 31/12/1943) foi desmembrado do município de Araguacema (ex-Santa Maria do Araguaia), pela Lei Estadual nº120 de 25/08/1948 e que lhe restituiu o nome de “Miracema”, com a terminação “do Norte”.
Em 1º de janeiro de 1949 foi solenemente instalado, na presença das autoridades locais e de delegações dos municípios vizinhos, destacando-se a presença do Sr. Bispo Diocesano de Poto Nacional, Dom João Alano Maria du Noday e do Deputado Estadual, Dr.José de Sousa Porto, e já tendo como perfeito municipal o Sr Nereu Gonzales Vasconcelos. Foi um período de revezes políticos em que miracema do Norte, (hoje atual Miracema do Tocantins) um pequeno espaço de tempo, passou por 4 administrações, que foram Nereu Gonzales Vasconcelos, Pedro Santana e Pedro Franco Noleto que, na qualidade de presidente da camâra, assumiu a função de prefeito, por um dia, para finalmente transmitir o cargo ao primeiro prefeito constitucional, o Sr. Euripedes Pereira Coelho, empossado em 27 de maio de 1949. Na gestão do Sr. Eurides Pereira Coelho ocorreu a criação do distrito de Monte Santo, tendo como sede a vila de idêntico topônimo, através da Lei Municipal nº 26, de 18/04/1952.
A ele sucederam na gestão do poder executivo municipal: Mariano de Holanda Cavalcante, Pedro Franco Noleto, Oscar Sardinha Filho, Boanerges Moreira de Paula, Sebastião Borba Santos, Osmar Barbosa Soares, Ernesto Rotta Giordani, Rainel Barbosa Araújo, Antonio Evangelista Pereira junior, Magda Régia Silva Borba, Moisés Costa da Silva (Morto após 1 ano e 08 meses no cargo), sendo substituído pelo então vice-Prefeito Saulo Sardinha Milhomem, para completar o mandato.