Já pensou trabalhar apenas quatro dias na semana e receber o salário integralmente? Pode parecer um sonho, mas esse modelo já é realidade em vários países. Empresas de países como Japão, Islândia e até Emirados Árabes Unidos adotam, há anos, o modelo de 32 horas de trabalho semanais. A redução, no entanto, voltou a ser discutida nos últimos meses por dois motivos.

Um deles foi a pandemia causada pela Covid-19. O período de isolamento social e consequentemente, o homeoffice, despertou algumas reflexões sobre como as pessoas trabalham.
Outro acontecimento responsável por reascender o debate sobre a redução da jornada de trabalho semanal ocorreu nos Estados Unidos: o fenômeno é conhecido como a “grande renúncia”, no qual cerca de 4,5 milhões de americanos saíram ou trocaram de emprego em 2021.
A psicóloga clínica Bruna Capozzi, do Instituto Meraki Saúde Mental, explica quais são os benefícios da redução da jornada de trabalho para o funcionário.

“Ter um dia a mais no final de semana certamente é atrativo para o empregado. Pode significar mais tempo para fazer o que gosta e também estar com a família e amigos, ou seja, uma melhora na qualidade de vida”, argumenta a psicóloga.

As vantagens da redução dos dias úteis não param por aí. “É um dia a menos de estresse no trânsito, de gastos com deslocamento e com a alimentação fora de casa. O que amplia a percepção da qualidade de vida, diminuindo o estresse”, destaca Bruna.

Segundo a psicóloga, as empresas também seriam beneficiadas ao aderir à proposta. “Pode ser um grande diferencial para as instituições quando o assunto é retenção de talentos”.

Ela destaca, por fim, que experimentar essa nova tendência ainda pode aumentar a produtividade e, por consequência, os lucros. “Vale dizer que experimentar essa nova tendência, bem como as particularidade do trabalho híbrido favorece a produtividade dos funcionários”, finaliza Capozzi.