A rede estadual de ensino do Tocantins concluiu o envio das Propostas de Redesenho Curricular (PRC), referentes ao Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), antes do prazo fixado pelo Ministério da Educação (MEC) aos estados e municípios para finalizarem os registros. No Estado, 54 escolas são contempladas pelo programa, que oferece ampliação da jornada escolar e recursos financeiros extras para a implementação das atividades.

 

Eric Soares Santos, 1ª série, Escola Estadual Madre Belém

Eric Soares Santos, 1ª série, Escola Estadual Madre Belém

As PCRs são o detalhamento das ações previstas pelas unidades de ensino com o objetivo de reorganizar o currículo contemplando o desenvolvimento de atividades integradoras que articulem as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia.

 

De acordo com a gestora da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), professora Wanessa Zavarese Sechim, aconteceu uma grande articulação entre escolas e Diretorias Regionais de Educação (DREs). “Mobilizamos todos os envolvidos no Proemi para que as Propostas de Redesenho Curricular pudessem ser entregues, agilizando assim o desenvolvimento das atividades”, relatou.

 

Segundo ela, para nortear as unidades escolares do Tocantins na construção da PRC, a Seduc elaborou um documento orientador a fim de que as mudanças “atendam as necessidades das unidades escolares, reconhecendo as especificidades regionais com foco na melhoria do aprendizado”, frisou a secretária.

 

O programa

Entre as iniciativas do Proemi para elevar a qualidade do ensino ofertado estão: o aumento da carga horária nos três anos do ensino médio, de 2,4 mil horas para, no mínimo, 3 mil; a leitura como elemento central e básico de todas as disciplinas; o estudo da teoria aplicada à prática; e o fomento das atividades culturais.

 

Nas escolas que trabalham com o Proemi, além dos componentes curriculares do núcleo comum, os estudantes ainda participam de aulas e atividades no contraturno das aulas como: acompanhamento pedagógico em matemática e língua portuguesa, iniciação científica e pesquisa, mundo do trabalho, protagonismo juvenil, cultura corporal, produção e fruição de artes, comunicação, uso de mídias e cultura digital, além de línguas adicionais estrangeiras.

 

As escolas contempladas pelo Programa Ensino Médio Inovador recebem um aporte financeiro do Governo Federal para a execução das atividades planejadas.  O valor repassado é proporcional ao número de alunos matriculados. As unidades de ensino da zona rural ou de localidades consideradas vulneráveis, com índice socioeconômico baixo ou muito baixo, recebem 10% a mais por estudante. Os valores variam de R$ 20 mil a R$ 140 mil para cada escola. No Tocantins, o Governo do Estado investe, anualmente, como contrapartida cerca de R$ 3 milhões no ProEMI na perspectiva de alcançar melhores resultados no ensino médio.

 

A partir do desenvolvimento das ações das PCRs são esperadas melhorias significativas no ensino para garantir o direito à aprendizagem.  Os resultados das escolas contempladas pelo Proemi serão acompanhados pelo MEC e pela Seduc por meio de avaliações periódicas.