Mais um dia nasceu lindo, glorioso e da noite que se passou você não dormiu nada, culpa da insônia. Agora é mais um dia que vai se arrastar de forma lenta, cheio de bocejos, dores no corpo e baixo desempenho pessoal e profissional.
Mas quem dera se fosse só isso.
A insônia é só um dos muitos distúrbios do sono que existem, como o ronco, a apneia, o sonambulismo e a síndrome das pernas inquietas. Segundo um estudo da empresa Royal Philips, os problemas para dormir atingem 72% da população brasileira. E a insônia é a campeã de queixas.
Se você tem insônia, seu corpo sofre
“Essas noites mal dormidas tem consequências, já que comprometem a capacidade lógica e cognitiva do indivíduo, gerando instabilidade emocional, diminuição dos reflexos e mau humor. Prejudica também a concentração e a produtividade no trabalho”, destaca o otorrinolaringologista e médico do sono, Daniel Nunes.
E como se não bastasse, a insônia aumenta o risco para o desenvolvimento de uma lista enorme de problemas de saúde, como doenças do coração, risco para AVC, Mal de Alzheimer, diabetes, obesidade, automedicação, abuso de substâncias, depressão, ansiedade e queixas de dores crônicas.
A má qualidade do sono também afeta o sistema imunológico, a linha de defesa do organismo contra outra série de doenças.
O que é a insônia?
Mas a insônia é só a dificuldade para dormir?
“Não, esse problema também abrange a dificuldade em manter o sono ou ter a sensação de que você não descansou nada enquanto dormia”, explica Daniel.
A insônia não tem bem uma causa exata. Acredita-se que seja um distúrbio de “hipervigilância”, um estado de atenção e alerta do seu ambiente.
É como se um animal feroz estivesse escondido na sua casa e você está em profundo estado de alerta, pronto para saltar da cama e sair correndo.
“Existem três tipos de insônia: a transitória, que pode durar até quatro semanas; a aguda, que dura de quatro a seis meses; e a crônica, que é quando essa dificuldade já é constante”, pontua o médico.
É preciso buscar ajuda
Esse distúrbio do sono está associado à diminuição na qualidade de vida da pessoa, por isso é preciso buscar ajuda. Se você tenta dormir e não consegue, ou está com dificuldade para manter o sono, não deixe que isso domine a sua vida, busque ajuda de um especialista.
“O tratamento envolve algumas mudanças de comportamento, que chamamos de Higiene do Sono. Mas também pode abranger terapia e o uso de medicamentos que ajudam a pessoa a dormir e não provocam dependência química”, finaliza Daniel.
Fonte: Singular Comunicação