O passaporte da vacina tem tido aceitação por parte dos municípios brasileiros. Em entrevista à CNN, Carla Albert, gerente da área da saúde da Confederação Nacional de Municípios (CNM), disse que 94% das cidades que participaram de uma pesquisa da instituição concordam com a obrigatoriedade do passaporte da vacina.
Para ela, é imprescindível que a medida seja adotada, para que se tenha “um Réveillon com o menor risco possível”.
De acordo com a pesquisa feita pela CNM, 65% dos municípios não devem realizar festas públicas de Réveillon. Para a gestora, isso se explica pela circulação do coronavírus e da chegada da variante Ômicron ao Brasil.
“O que eu entendo é que estão fazendo o dever de casa: vigilância. Não apenas da própria cidade”, disse Albert.
Segundo ela, as gestões de saúde em cada estado têm tomado decisões regionais, o que é importante para combater coletivamente a pandemia.
Quanto ao Carnaval, Albert disse que os municípios ainda não se decidiram sobre a realização das festas públicas.
Ela entende que as aglomerações causadas por grandes eventos ainda são um risco. Assim, é necessário manter os cuidados como utilização de máscaras, álcool em gel e, principalmente, a vacinação.
De acordo com a CNM, 92% das gestões municipais pretendem manter a obrigatoriedade do uso de máscaras mesmo com a imunização. Atualmente, 98% dos municípios pesquisados mantém uso de máscara em locais privados, e 86% em locais públicos.
Segundo Albert, os números de infecção pelo coronavírus “estão em plena queda”, assim como hospitalizações e mortes.
Outro ponto positivo levantado é que menos cidades estão registrando falta de imunizantes contra a Covid-19.
“Apenas 6,7% de mais de 2.200 municípios que responderam o questionário disseram ter falta de vacinas (seja primeira ou segunda dose). Menor percentual no histórico registrado”, colocou a gerente.
Carla Albert também disse que, mesmo não estando no momento mais crítico da pandemia, não se pode baixar a guarda, seguindo os protocolos de combate à pandemia.