Cientistas descobriram que tomar suplementos não tem efeito protetor contra
depressão. No entanto, participar das sessões psicológicas durante um determinado período evitou alguns episódios depressivos nos voluntários.
Os sintomas da doença podem variar de acordo com o transtorno e refletem em
humor, autoimagem e comportamento.
Um novo estudo, publicado no periódico JAMA, investigou como ingestão de suplementos
nutricionais e mudanças nos hábitos alimentares pode ajudar a prevenir a depressão.
Como o estudo foi feito
Os pesquisadores recrutaram 1025 voluntários, cada um com IMC (índice de massa
corporal) maior que 25, o que significa que eles estavam acima do peso.
Os participantes moravam no Reino Unido, Alemanha, Holanda e Espanha e
apresentavam o risco de desenvolver depressão.
Metade dos participantes tiveram que tomar suplementos nutricionais que tinham
vitamina D, ômega-3, zinco e selênio, diariamente, enquanto a outra metade recebeu
um placebo.
Eles também foram submetidos a intervenções psicológicas e comportamentais.
Após um ano do estudo, os cientistas descobriram que tomar suplementos não tinha
nenhum efeito protetor contra depressão em comparação com o placebo. No entanto,
participar das sessões psicológicas durante um determinado período evitou alguns
episódios depressivos em alguns participantes.
O que as descobertas sugerem
Os resultados dos pesquisadores oferecem alguma esperança de que certas intervenções
dietéticas possam ser úteis. No entanto, a sugestão geral é que simplesmente fazer
alterações nutricionais não é suficiente para evitar casos de depressão.
Saiba como identicar sintomas da depressão
Não existe um exame capaz de confirmar que alguém está deprimido. Por isso, o
diagnóstico é clínico –ou seja, feito a partir da análise das queixas do paciente e do
histórico individual e familiar do paciente. Os sintomas da depressão podem variar de
acordo com fatores como a gravidade do transtorno e a presença de condições associadas,
como ansiedade, sintomas obsessivos ou psicóticos. Veja algumas manifestações
possíveis:
No humor: tristeza prolongada; perda de interesse ou prazer em atividades que antes
eram apreciadas; choro fácil ou apatia; irritação; mau humor;
Na autoimagem: sentimentos de culpa, vazio ou inutilidade; solidão; baixa autoestima;
sensibilidade à rejeição; desamparo; desesperança;
Nas funções cerebrais: dificuldade para executar as tarefas do dia a dia, tomar
decisões; problemas de memória e concentração;
Nos pensamentos: pessimismo; visão distorcida da realidade; ideias frequentes de
morte e/ou de suicídio; pessimismo; pensamentos negativos persistentes (ruminações
como “eu não vou conseguir”, “eu sou um fracasso”, “as pessoas estariam melhor
sem mim” etc);
No comportamento: falta de energia; fadiga; inquietação; agitação psicomotora;
lentidão nos movimentos e/ou na fala; mobilidade reduzida; isolamento; perda de
libido;
Fonte: UOL
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