O governo deve leiloar mais 22 aeroportos da Infraero na rodada prevista para acontecer em 2020, informou na semana passada a Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura.
Esses 22 aeroportos devem ser divididos em três blocos, encabeçados pelos terminais de Curitiba, Manaus e Goiânia.
De acordo com o governo, os blocos seriam pelos seguintes aeroportos:
- Bloco Sul: Curitiba, Bacacheri, Foz do Iguaçu, Navegantes, Londrina, Joinville, Pelotas, Uruguaiana e Bagé;
- Bloco Norte: Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista, Cruzeiro do Sul, Tabatinga e Tefé;
- Bloco Central: Goiânia, São Luis, Teresina, Palmas, Petrolina e Imperatriz;
Os aeroportos de Parnaíba (PI) e Paulo Afonso (BA) podem entrar no bloco central, mas o governo ainda negocia entregar esses terminais para administração dos estados.
A proposta deve ser divulgada logo após o leilão que o governo fará nesta sexta (15) e que vai conceder 12 aeroportos da Infraero.
Congonhas e Santos Dumont
Após o leilão desta sexta-feira (15), a Infraero continuará com 44 aeroportos, sendo que Congonhas e Santos Dumont são os principais terminais. Eles só serão licitados na última rodada.
Em entrevista recente ao G1, a presidente da Infraero, Martha Seillier, afirmou que a opção de deixar esses dois terminais por último é para garantir o equilíbrio das contas da Infraero até que ela fique sem nenhum terminal para administrar.
Leilão desta sexta
O leilão que o governo fará nesta sexta-feira será o primeiro pelo modelo de blocos. Os 12 aeroportos estão divididos em três blocos.
Os blocos mesclam aeroportos com maior movimentação de passageiros e potencial de renda para o administrador e outros menores, deficitários.
- Nordeste: Recife; Maceió; João Pessoa; Aracajú; Juazeiro do Norte; e Campina Grande;
- Sudeste: Vitória e Macaé;
- Centro-Oeste: Cuiabá; Sinop; Rondonópoli; e Alta Floresta;
Alberto Sogayar, sócio da área de infraestrutura da L. O. Baptista Advogados, espera uma disputa maior pelo bloco Nordeste. Segundo ele, além do grande potencial turístico da região, os terminais são os mais próximos à Europa, o que deve atrair a atenção de empresas europeias.
“Esses aeroportos também poderão ser usados como ponte para os demais aeroportos da América Latina. Seria o último porto seco antes da Europa. Esse é o bloco que vai gerar a maior competitividade e possivelmente o maior ágio”, afirmou.
No bloco Sudeste o principal atrativo é o atendimento à indústria de óleo e gás. No bloco Centro-Oeste, o agronegócio.
Fonte: G1
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