O Brasil é um país com grande potencial para o turismo. Entre as capitais que mais atraem visitantes, estão Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis. Mas, existem algumas pequenas cidades que abrigam belezas surpreendentes e também merecem destaque. A Revista Bula realizou uma enquete para saber quais são, na opinião dos leitores, os municípios com menos de 50 mil habitantes mais encantadores do país. A cidade mais lembrada em cada estado foi incluída na seleção. A lista elenca 26 pequenos municípios, um por estado brasileiro, com exceção do Distrito Federal. Entre as cidades mais votadas, algumas são consideradas patrimônios históricos, como Rio de Contas, na Bahia; e Cidade de Goiás; em Goiás. Outras foram lembradas devido à quantidade de belezas naturais que possuem, como Nobres, no Mato Grosso; e Aiuruoca, em Minas Gerais. A lista está organizada em ordem alfabética, de acordo com o nome das cidades.
As cidades históricas de Minas Gerais são muito conhecidas, mas Aiuruoca guarda muitos outros encantos. Com cerca de seis mil habitantes, a cidade se localiza na Serra da Mantiqueira, a 1.050 metros de altitude. As muitas cachoeiras, poços, trilhas em meio a araucárias, e os mirantes são os cartões-postais da região. O Vale do Matutu e o Vale dos Garcia abrigam as cachoeiras mais procuradas, como a dos Macacos e das Fadas.
Alcântara é um município da região metropolitana de São Luís, capital do Maranhão. A pequena cidade já foi muito rica entre os séculos 18 e 19, mas boa parte de seu patrimônio se perdeu. Vestígios do passado colonial atraem os turistas, como os sobrados cobertos por azulejos portugueses e as ruínas do mercado de escravos Palácio Negro e da Igreja Matriz de São Matias. Atualmente, Alcântara possui cerca de 23 mil habitantes.
Antonina é uma cidade histórica na região litorânea do Paraná, construída de frente para a Baía de Antonina e cercada por uma cadeia de montanhas da Serra do Mar. Além do centro histórico colonial, onde ficam as igrejas e a estação ferroviária; o município possui muitas atrações nos arredores, como o Rio Cachoeira, local de prática de rafting; a Estrada do Bairro Alto, a Prainha e o Pico do Paraná. A cidade possui aproximadamente 20 mil habitantes.
Com cerca de 10 mil habitantes, esse pequeno município se localiza a 90 km de Natal, em uma bela enseada que forma a única baía do Rio Grande do Norte. A cidade fica no alto de uma falésia, com uma vista surpreendente do litoral, onde aparecem golfinhos diariamente. Considerada um paraíso silvestre, a região abriga diversos pontos turísticos, como a Lagoa da Coca-Cola, a praia do Sagi, o Foz do Rio Guajú e a Praia da Baía Formosa, que deu origem ao nome da cidade.
Fundada no século 18, Barcelos é uma cidade história, tendo sido a primeira capital da província do Amazonas. Cercada de água por todos os lados, em seu território ficam localizados o Parque Nacional do Jaú, o Parque Estadual da Serra do Aracá e a área de Proteção Ambiental de Mariuá, o maior arquipélago fluvial do mundo. Além do centro histórico, as praias de água doce, como a Praia Grande e a Praia do Cuxará, também atraem turistas no verão.
Bonito é uma das melhores opções do Centro-Oeste para turistas que procuram contato com a natureza. Com cerca de 20 mil habitantes, a cidade é um paraíso cercado por cachoeiras, rios de águas cristalinas, trilhas e grutas. Entre os pontos mais procurados, estão o Buraco das Araras e o Rio da Prata. Existem boas opções de hotéis na região. Quando se fala em gastronomia local, é obrigatório provar o sorvete assado, uma sobremesa tradicional de Bonito.
Até o século 18, o território de Bonito era totalmente coberto por florestas. Os caçadores da região que deram esse nome ao município, que hoje abriga cerca de 39 mil habitantes. Considerada a “capital nordestina do ecoturismo”, a cidade é formada por paisagens montanhosas, cachoeiras, reservas ecológicas, riachos cristalinos e piscinas naturais. O maior rapel de Pernambuco, com 250 metros de altura, fica em Bonito, na Pedra do Rodeadouro.
Localizada às margens do Rio Acre, a pacata cidade de Brasiléia possui uma população estimada de 26 mil habitantes. No início, o município se chamava Brasília, mas seu nome foi mudado, em 1943, para não ser confundido com a futura capital federal. Os principais pontos turísticos da cidade são o Balneário Jarinal, o Balneário Kumarurama, o Igarapé Bahia e a Ponte Binacional Wilson Pinheiro, que faz divisa com a Bolívia.
Localizada na região do Cariri, essa cidade de cinco mil habitantes é um dos destinos turísticos mais importantes da Paraíba. Cabaceiras é conhecida como “Roliúde Nordestina”, por ter sido cenário de mais de 30 produções cinematográficas, incluindo o filme “O Auto da Compadecida”. O casario colorido do centro histórico atrai muitos turistas, mas a cidade também possui outros pontos turísticos, como o Lajedo do Pai Mateus e o Memorial Cinematográfico.
A Vila de Calçoene se iniciou em frente à cachoeira do Firmino, como era conhecido antigamente o povoado que originou o município. Hoje, a cidade possui aproximadamente dez mil habitantes. A maior atração de Calçoene é o Parque Arqueológico do Solstício, onde fica o Stonehenge Brasileiro, um círculo de pedras que era, supostamente, um antigo observatório indígena. O nome se refere ao Stonehenge da Inglaterra.
Com aproximadamente 46 mil habitantes, a cidade de Campo Maior também é conhecida como “Terra dos Carnaubais”, devido à grande quantidade de carnaúbas na região. O destaque do local é o Açude Grande, cercado por um calçadão que serve como ponto de encontro para os moradores e oferece uma bela vista do pôr do sol. Outros pontos turísticos são a Serra de Santo Antônio, a Barragem dos Corredores e o Monumento aos Heróis do Jenipapo.
Com população estimada de 30 mil habitantes, Canindé de São Francisco serve como portal de entrada para os passeios nos cânions do Rio São Francisco. O mais conhecido no local é o Xingó, considerado o 5º maior cânion navegável do mundo. Com paisagens belíssimas, a cidade se tornou conhecida internacionalmente ao servir de cenário para novelas e minisséries. O Museu Arqueológico da região possui um acervo com mais de 50 mil peças e vestígios pré-históricos.
Também conhecida como “Goiás Velho”, a Cidade de Goiás foi a sede do governo do estado até 1933. Carregado de história, o município foi tombado como patrimônio da Unesco em 2001. A cidade abriga a casa da poeta Cora Coralina e alguns museus, entre eles um dedicado à própria escritora. Por lá, os visitantes podem desfrutar a vista da Serra Dourada, a arquitetura colonial e o melhor da gastronomia local. A população estimada é de 23 mil habitantes.
Também conhecida como “Cidade do Verde”, Domingos Martins foi berço da imigração alemã, italiana e polonesa. A herança dos colonizadores está presente na arquitetura, na cultura e na gastronomia do município. Com aproximadamente 35 mil habitantes, Domingos Martins está cercada de cachoeiras e belezas naturais que encantam os turistas. Além disso, a cidade abriga o cartão-postal da serra capixaba: a Pedra Azul.
Com cerca de 46 mil habitantes, Guajará-Mirim recebeu o título de “Cidade Verde”, concedido pelo Instituto Ambiental Biosfera, em razão da quantidade de vegetação conservada presente na região. Entre os pontos turísticos de Guajará-Mirim, estão a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o Encontro dos Rios Mamoré e Paccás Novos, o Forte Príncipe da Beira e o Museu Histórico Municipal. As praias fluviais também atraem muitos turistas no verão.
Com apenas cinco mil habitantes, Guaramiranga está localizada na região serrana do Ceará, a 110 km de Fortaleza, e possui clima agradável ao longo de todo ano. O turismo é um forte componente da economia do município, que atrai visitantes em busca do clima serrano, prédios históricos e belas paisagens. Além disso, durante o carnaval, a cidade abriga o Festival de Jazz e Blues, evento que conta com a participação de grandes nomes da música nacional.
O município de Natividade remonta ao ciclo do ouro, e sua arquitetura, com prédios e igrejas coloniais, preserva a memória do Tocantins. Entre as igrejas destacam-se a de São Benedito e a Matriz de Nossa Senhora da Natividade, padroeira do estado. As festas religiosas da região, como a do Divino Espírito Santo, ainda guardam as tradições quilombolas. A cidade, que é tombada pelo IPHAN como Patrimônio Histórico Nacional, possui atualmente cerca de dez mil habitantes.
A 190 km de Cuiabá, Nobres é o destino ideal para quem gosta de lugares calmos com belezas naturais pouco exploradas. Com cerca de 16 mil habitantes, a cidade é rodeada por belas cachoeiras, trilhas e rios de águas cristalinas. Entre as atrações mais procuradas, estão a Cachoeira da Serra Azul, o Aquário Encantado e a Lagoa das Araras. O slogan da cidade é “Aqui é mais que Bonito, é lindo”, em referência à cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Em meio à vegetação exuberante, Nova Petrópolis se destaca pelas suas belas paisagens e pela herança europeia deixada na gastronomia e arquitetura da cidade. O município, que é conhecido como “O Jardim da Serra Gaúcha”, possui cerca de 21 mil habitantes. Os turistas que visitam Nova Petrópolis não podem deixar de experimentar as refeições coloniais servidas nas típicas casinhas de madeira, um dos programas mais gostosos da cidade.
Erguida às margens do Rio Amazonas, a pequena cidade de Óbidos possui cerca de 49 mil habitantes. Com muitas ladeiras e casas coloniais, o município mantém um centro histórico conservado. Em seus arredores, Óbidos abriga muitas belezas naturais, como o igarapé de Curuçambá, com águas transparentes, e os lagos Mamaurú, Santana e Arapuca, boas opções para a pesca esportiva. Do alto do Forte Pauxis, construído no século 17, alguns visitantes conseguem enxergar os botos passeando no Amazonas.
Paraty é uma pequena cidade cercada por montanhas, no litoral sul do Rio de Janeiro. Os principais atrativos do local são o centro colonial português, com edifícios dos séculos 17 e 18, os passeios marítimos, a Capela de Santa Rita à beira-mar e a vista dos barcos coloridos ancorados na margem do Rio Perequê-Açu. A cidade também é palco da Festa Literária Internacional de Paraty, uma das mais movimentadas do país. A população estimada é de 42 mil habitantes.
Com aproximadamente 25 mil habitantes e banhada pelo Rio São Francisco, Piranhas tem um dos conjuntos arquitetônicos mais conservados do país e ganhou o título de Patrimônio Histórico Nacional. A cidade ficou famosa por ter sido o local onde as cabeças de Lampião e seu bando ficaram expostas. Um dos passeios mais procurados de Piranhas é a Rota do Cangaço. Os artesanatos e a noite agitada no centro histórico também atraem os turistas.
Cidade história da Chapada Diamantina, Rio de Contas atrai visitantes o ano inteiro, não só pelas suas belezas naturais e trilhas ecológicas, mas também pelos patrimônios preservados do período colonial. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a cidade tem como cartões-postais a Igreja de Santana e o Pico das Almas, um dos pontos mais altos da Bahia. Rio de Contas possui cerca de 12 mil habitantes.
Na região do Vale do Paraíba, São Luiz do Paraitinga é uma pequena cidade com cerca de dez mil habitantes, que possui o maior acervo arquitetônico colonial de São Paulo, com construções típicas dos séculos 18 e 19. O centro histórico do município é um Patrimônio Histórico Cultural, tombado pelo IPHAN. No turismo ecológico, destacam-se várias trilhas, como a da Pirapitinga, do Corcovado, e do Poço do Pito. Os raftings do Núcleo Santa Virgínia e Brazadão também atraem turistas adeptos dos esportes radicais.
Treze Tílias é considerada uma cidade tipicamente austríaca. As semelhanças com a região de Tirol, no leste europeu, foram decisivas para a sua fundação, em 1933. Hoje, a cidade possui aproximadamente oito mil habitantes e lembra a Áustria pela arquitetura dos sobrados, belos parques e também pela gastronomia. Entre os principais pontos turísticos, estão o Parque Linderdorf, a Pista de minigolfe Treze Tílias e o Museu Municipal Ministro Andreas Thaler.
Localizado na fronteira com a Venezuela e a Guiana, o município de Uiramutã é o mais setentrional (ao norte) do Brasil. O local possui muitas belezas naturais quase intactas, o que o torna um destino perfeito para os aventureiros. As cachoeiras atraem a maioria dos visitantes. Mas, algumas, por estarem em áreas indígenas, possuem acesso restrito. As cachoeiras abertas aos turistas são a do Urucá e as Corredeiras do Paiuá. Uiramutã possui cerca de dez mil habitantes, dos quais 80% se declaram indígenas.
Fonte: Revista Bula
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