Preocupado com o aumento da violência nas escolas públicas de todo o país, o vereador Folha (PSD) apresentou nesta quarta-feira, 24, na Câmara de Palmas, um projeto de lei que dispõe sobre a instalação de detectores de metais em todas as instituições da rede municipal de ensino. De acordo com o parlamentar, o objetivo é garantir mais segurança a estudantes e servidores da Capital.

Um estudo feito em 2018 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que em todo o mundo, cerca de 150 milhões de estudantes entre 13 e 15 anos de idade já foram vítimas de violência por parte de seus colegas. Episódios de agressão aconteceram dentro e fora do ambiente escolar.

No Brasil, o último caso de violência que marcou o país aconteceu na Escola Estadual Professor Raul Brasil, no município de Suzano (SP), quando dois ex-alunos assassinaram cinco estudantes e duas funcionárias da escola. O crime, ocorrido em março deste ano, levantou novamente o debate sobre a questão da violência nas escolas.

Para o vereador Folha, controlar o acesso da população às instituições de ensino é uma das formas de aumentar a segurança. “Sabemos que a instalação de detectores de metais não vai acabar com a violência nas escolas, mas o nosso objeto é proporcionar mais segurança para alunos, professores e servidores das escolas públicas da Capital”, ressaltou.

Dados

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) realizada pelo IBGE em 2015, com alunos do nono ano do ensino fundamental, mostrou que 14,8% dos estudantes afirmam ter deixado de ir à escola, pelo menos um dia, nos 30 dias anteriores à pesquisa, por não se sentir seguros no caminho de casa para a escola ou da escola para casa.

Além disso, 7,4% dos estudantes entrevistados disseram ter sofrido bullying na maior parte do tempo ou sempre, nos 30 dias anteriores à pesquisa. Quando perguntados se eles próprios haviam praticado bullying no período, 19,8% responderam que sim.

Quanto às agressões físicas, 23,4% dos estudantes entrevistados responderam ter se envolvido em alguma briga ou luta física, pelo menos uma vez, nos 12 meses anteriores à pesquisa, sendo que 12,3% dos entrevistados chegaram a ser seriamente feridos.

O levantamento revelou ainda que 5,7% dos estudantes se envolveram em brigas nas quais alguém usou alguma arma de fogo, nos 30 dias que antecederam à pesquisa e 7,9% declararam ter se envolvido em alguma briga com arma branca. O percentual é maior entre meninos (10,6%) do que entre meninas (5,4%). E é maior entre estudantes da rede pública, 8,4%, do que entre aqueles da rede privada, 5,3%.

Fonte: Ascom Câmara de Vereadores de Palmas

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