Com um pouco de aperto aqui e ali, dá para fazer a viagem dos sonhos sem que ela vire uma angústia depois, para pagar as dívidas. Vale investir um tempo em planejamento para não gastar dinheiro à toa.
EXAME.com ouviu especialistas em viagem e consultores financeiros para dar dicas práticas e possíveis de serem aplicadas durante suas férias. Isso dará a você liberdade para aproveitar o máximo possível do período. Dá para economizar um pouco com tudo, desde hospedagem a alimentação e transporte.
1) Hospedagem
A hospedagem é o principal ponto que pode encarecer ou baratear sua viagem, já que ela vai definir sua localização base e o custo do transporte.
Sites como o Booking.com e o Hoteis.com são aliados para escolher todo tipo de acomodação, comparar preços e pesquisar as avaliações de outros hóspedes. Eles também apresentam promoções de até 40%, segundo a editora do site Quanto Custa Viajar, Amanda Santiago.
Hotéis com bons preços e nota média 8 dos usuários são uma boa referência, segundo o editor de site de viagens Melhores Destinos, Leonardo Cassol. “Nem sempre os hotéis de redes conhecidas têm o melhor custo-benefício”, orienta.
Ele também aconselha comparar se o café da manhã, o estacionamento e a internet estão incluídos no preço da diária. Pagar o hotel antecipadamente pode gerar até 30% de economia, e em algumas cidades como Buenos Aires, pagar o hotel com cartão de crédito é mais barato.
Apartamento por temporada pode ser mais barato que hotel em duas situações específicas: quando você viaja em família ou vai passar um longo período no lugar. Mas não se empolgue com o Airbnb, pois nem sempre alugar quarto ou imóvel pelo site é mais barato que ficar em hotel.
Se o Airbnb for sua opção, lembre que o número de pessoas na reserva e a data da viagem impactam o preço. Em alguns destinos mais procurados, as opções mais em conta podem se esgotar com bastante antecedência.
A educadora financeira Cássia D´Aquino sugere avaliar com carinho a ideia de de se hospedar na casa de um morador local pelo site Couchsurfing. “Além de gastar muito pouco, você têm informações privilegiadas de nativos que vão facilitar a redução de gastos em geral”, recomenda.
2) Alimentação
Aplicativos como o Yelp e o Foursquare são ótimos para encontrar lugares sugeridos por usuários na região em que você está, pelo preço que procura. Fuja dos restaurantes próximos aos pontos turísticos e peça dicas de moradores locais.
Sempre que der, escolha o prato do dia, que inclui entrada e sobremesa e é muito comum em alguns países, como recomenda a educadora financeira Cássia D´Aquino. Em vários destinos, a água é de graça nos restaurantes.
3) Passeios
Apesar de city tours normalmente serem caros, eles podem valer a pena em vez de você visitar cada atração turística por conta própria, na avaliação de Amanda Santiago, do Quanto Custa Viajar.
Assim que você chegar na cidade, Amanda recomenda se informar sobre os dias em que a entrada nos museus é gratuita. Às vezes, é mais barato comprar entradas pela internet, com data marcada.
Se você não tem experiência, contar com um agente de viagens para montar o roteiro e reservar passeios, hotéis e passagens pode compensar. Normalmente, as agências de viagem cobram 10% de comissão sobre cada reserva, como explica Leonardo Cassol, do Melhores Destinos. Grandes agências conseguem negociar melhores preços com os fornecedores de serviço.
4) Transporte
Se o transporte coletivo funciona bem na cidade, especialistas sugerem não abrir mão dele. Em várias cidades, vale a pena comprar combos de bilhetes de transporte público, para um ou mais dias, como sugere Amanda Santiago, do Quanto Custa Viajar.
Se precisar pegar transporte individual, não se jogue no Uber antes de pesquisar preços com moradores locais. Às vezes, táxi vale mais a pena.
5) Internet
Fuja dos lugares em que é preciso pagar para usar o wi-fi. No exterior, nem pense em usar seu 3G brasileiro, pois o preço da conta de celular vai parar nas alturas. O melhor é comprar um chip pré-pago de uma operadora local. Ter internet à sua disposição também é um jeito de economizar, já que permite acessar informações que facilitam a vida no meio da rua.
6) Câmbio
Geralmente, o melhor meio de pagamento é a moeda local, porque assim você não está sujeito a ser cobrado por uma taxa de câmbio maior do que deveria, como recomenda o educador financeiro Álvaro Modernell, consultor da Mais Ativos Educação Financeira e autor do livro Passaporte para viajar mai$: Como planejar viagens sem apertar o cinto fora do avião.
Se a moeda for exótica, é melhor levar dólares e euros do Brasil e trocar o dinheiro no país, preferencialmente em bancos e casas de câmbio fora do aeroporto e do hotel. Segundo Modernell, a variação da taxa de câmbio entre um estabelecimento e outro é pequena e impacta pouco o orçamento de viajantes. Procure saber a cotação da moeda local e conhecer as notas antes de embarcar.
Evite usar o cartão de crédito, para não sofrer com a variação do câmbio até o fechamento da fatura. Se você viaja para o exterior com frequência, Modernell sugere abrir uma conta no exterior, algo mais fácil e barato do que parece. “É fácil de abrir conta e, se você viaja uma vez por ano, já vale a pena”, aconselha.
7) Orçamento
Estabeleça um teto de gastos diários para ter como meta, como sugere a educadora financeira Cássia D´Aquino. Se gastou acima da meta em um dia, tente compensar no dia seguinte, e anote seus gastos. Há aplicativos especializados em ajudar no controle do orçamento em viagens, como o Travel Money e o Trail Wallet.