O último caso de febre amarela registrado no Tocantins foi em 2000. Mas com o aumento do registro de casos em alguns estados do país, o medo de um surto da doença aqui no Estado, vem assustando os moradores de Palmas que passaram a procurar a vacina contra a doença, nos Centros de Saúde da Comunidade da Capital.

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De acordo a Superintendência de Atenção e Vigilância em Saúde, as pessoas que já foram imunizadas não precisam se preocupar. A enfermeira Juliana Araújo de Souza Oliva, que compõe a equipe da Diretoria, explica que não há motivo para pânico, pois o município não têm casos registrados da doença. No entanto, como Palmas está em uma área com recomendação de vacinação, todos devem manter seu cartão de vacina atualizado.

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O Tocantins faz parte da área com recomendação de vacinação. “Os centros estão abastecidos com a vacina contra febre amarela, e Palmas tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas”, destaca a enfermeira.

A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.

Alerta

No período do verão, entre os meses de dezembro e maio, aumentam os casos de transmissão de febre amarela em grande parte do Brasil, sobretudo em regiões silvestres, rurais ou de mata. Portanto é importante o alerta para quem for viajar para estas áreas tomar a vacina contra a doença.

 

A doença

 

O vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias (doenças que atacam animais) desde 1999, com o objetivo de antecipar a ocorrência da doença. Assim, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas e também evitar a urbanização da doença por meio do controle de vetores nas cidades.

 

Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Por isso, a recomendação ao identificar os sintomas é procurar uma unidade de saúde. Cerca de 20% a 50% das pessoas desenvolvem a forma grave da doença.

 

Vacinação

 

A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos noves meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses.