Em audiência pública proposta pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO), nesta quarta-feira (29), debatedores alertaram para o aumento da pobreza no campo no Tocantins e no Brasil. Criticaram a falta de dados atualizados para a construção de políticas públicas que poss am atenuar o problema. A pedido dos senadores, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, que promoveu audiência, enviará ofício ao IBGE solicitando os dados detalhados do último censo agropecuário.

Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura e ex-presidente da CNA, alertou que o combate à pobreza no campo não é uma questão apenas de distribuição de renda. Para a parlamentar, o primeiro passo é a regularização fundiária. “A pr opriedade rural é, muitas vezes, o único bem daquela pessoa. A partir da regularização, ela adquire condições de contratar crédito. Nenhum país se desenvolve sem o reconhecimento do direito de propriedade”, disse.

O professor da Universidade Federal do Tocantins, Fernando Sérgio Toledo de Fonseca, destacou que 54,7 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza, equivalente a 25,7% da população brasileira, segundo o IBGE. As regiões Norte e Nordeste têm 43,1% e 44,8% da população vivendo com menos de R$ 406,00 mensais.

“Apenas no Tocantins 32,7% vivem com PIB domiciliar inferior a R$ 400,00. O foco dessas pessoas está na busca de alimentos e dinheiro para sua subsistência, deixando em segundo plano educação e saúde preventiva.  Isso impacta nas políticas públicas, p orque as famílias não conseguem entender qual vai ser o benefício a longo prazo”, explicou.

O assistente social Marcelo Garcia argumentou que a desigualdade no Brasil cresce há 17 trimestres. Para ele, falta por parte dos governos um olhar para a população de rua e para os assentados nas áreas rurais, que não recebem assistência técnica e “sequer têm semente para plantar”.

“Havia um consenso equivocado que Bolsa Família era a resposta à pobreza. A ausência de renda é uma expressão da pobreza, mas não é a única. A gente perdeu muito tempo no Brasil discutindo que transferência de renda resolveria o problema da pobreza. Não resolveu”.

fonte: ASCOM Kátia Abreu
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