Seis pessoas que foram presas durante a Operação Flak, que investiga suspeitos de integrar uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas, em fevereiro deste ano, tiveram as denúncias arquivadas pela Justiça Federal por falta de provas.
A decisão é do juiz Pedro Felipe de Oliveira que determinou o arquivamento do inquérito policial contra Alencar Dias, Adalberto Cordeiro da Silva, Dyemis Carlos Rodrigues, Matheus Peixoto da Cunha, Rogério Fernandes Carneiro e Dulcides Ferreira Filho.
Na época, cerca de 32 pessoas foram detidas e conforme o inquérito, as drogas eram transportadas da Colômbia e da Venezuela para o Brasil, Estados Unidos e Europa. 26 aviões e um submarino foram apreendidos.
A decisão do juiz notifica ainda 14 pessoas, entre elas, João Soares Rocha, apontado como chefe da quadrilha, a apresentarem no prazo de 10 dias, uma defesa prévia. Soares foi preso em Tucumã (PA) e já foi investigado por suposta lavagem de capitais de Fernandinho Beira-Mar.
As investigações apontaram ainda que a quadrilha transportou mais de 9 toneladas entre os anos de 2017 e 2018 em cerca de 23 voos que carregava 400 kg da droga. AS rotas passavam pela América do Sul e Central, e os traficantes cobravam frete.
A Polícia Federal crê que o a quadrilha tua há mais de 20 anos no mercado de entorpecentes.
A Gazeta tenta contato com os citados na matéria e ressalta que o espaço está aberto para o posicionamento de todos.
Operação Flak
A Polícia Federal deflagrou em fevereiro de 2019 a Operação Flak, para desarticular financeiramente organização criminosa especializada no transporte aéreo de grandes quantidades de drogas, trazidas da Venezuela, Colômbia e Bolívia, para o Brasil, Estados Unidos e Europa.
Na época foram cumpridos 54 mandados de prisão e 81 mandados de busca e apreensão, nos estados de Tocantins, Goiás, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal. Todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. Mais de 400 policiais federais dão cumprimento aos mandados. A ação de hoje contou com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Grupamento de Rádio Patrulha Aérea da Polícia Militar de Goiás (GRAER/PMGO).
Foram pedidos ainda pela PF e deferidos pela Justiça Federal o bloqueio de contas bancárias de aproximadamente 100 pessoas e empresas envolvidas, a apreensão de 47 aeronaves, o sequestro de 13 fazendas com mais de 10 mil cabeças de gado bovino e a inclusão de seis pessoas no Sistema de Difusão Vermelha da Interpol.
Segundo a investigação, que teve início há dois anos, no período compreendido entre meados de 2017 e 2018, foram realizados no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada, totalizando mais de nove toneladas.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações, por tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, financiamento ao tráfico, organização criminosa, lavagem de dinheiro e atentado contra a segurança do transporte aéreo.
*Com informações da Polícia Federal e G1 Tocantins
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