A Huawei não pode mais produzir celulares com os aplicativos Facebook, Instagram e WhatsApp instalados de fábrica. A decisão é mais um capítulo na crise entre a fabricante chinesa e seus parceiros e fornecedores norte-americanos que buscam se adequar ao bloqueio imposto pelo Departamento de Comércio daquele país. A medida, vale ressaltar, não proíbe a instalação dos aplicativos e uso dos serviços por parte dos donos de aparelhos Huawei, mas sim que os modelos saiam da linha de produção já com os programas embarcados.
Segundo o site Cnet, o Facebook emitiu um comunicado confirmando a medida e esclarecendo que está “analisando a decisão final do Departamento de Comércio e agindo para garantir que estamos em conformidade”.
A princípio, a ruptura com o Facebook pode não parecer tão grave quanto outros problemas que a Huawei vem enfrentando: embora não possa instalar os aplicativos em seus celulares, o banimento não proíbe os usuários de fazê-lo. De qualquer forma, as restrições do Facebook devem arranhar ainda mais a imagem da marca diante do consumidor.
Entretanto, caso a crise com as autoridades norte-americanas não seja revertida, a Huawei pode enfrentar problemas graves em futuros lançamentos de celulares: enquanto modelos atuais ainda podem acessar a Google Play Store para buscar os apps, futuros modelos da marca devem ficar sem acesso à loja, algo que tornaria impossível a instalação de programas a partir da loja oficial.
O bloqueio imposto pelo Facebook segue uma sucessão de problemas que estão cercando a corporação chinesa. Depois da decisão do governo dos Estados Unidos de colocar a fabricante numa lista negra de empresas que ameaçam a segurança nacional do país, a Huawei viu o cerco se fechar com a perda de fornecedores e parceiros extremamente importantes, como Google, Intel, Qualcomm e ARM.
A crise no exterior reflete no Brasil. O escritório local da Huawei confirmou que alguns consumidores desistiram da compra do Huawei P30 Pro em meio às dúvidas sobre o assunto. A companhia sustenta que os produtos receberão todas as atualizações e que as sanções valem para futuros lançamentos, e não para os que já estão nas prateleiras.
Fonte: TecTudo
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