Allan Moreira Borges foi inocentado de todas as acusações relacionadas ao assassinato da mulher dele, a professora Heidy Aires. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (18) e durou todo o dia. A sentença, decidida por sete jurados selecionados pela Justiça do Tocantins, foi lida no fim da noite.

A audiência começou logo cedo. Os depoimentos de testemunhas começaram as 9h30 e só terminaram por volta das 18h. Oito pessoas foram ouvidas, entre elas um ex-namorado de Heidy, um amigo da professora, o perito oficial do caso, uma perita particular chamada pela defesa e a filha de 12 anos do casal. O último a falar foi Allan Moreira.

Durante todo o processo e também diante do tribunal ele negou ter cometido o crime. “Eu e a Heidy tínhamos um relacionamento muito bom. Relacionamento de casal perfeito. Tinha relação de respeito”, disse o réu.

A defesa de Allan Moreira declarou que está satisfeita com o resultado e que acredita que a Justiça foi feita.

O caso

A professora foi encontrada morta na noite de 6 de dezembro de 2014, na casa dela, na quadra 1204 Sul, em Palmas. Ela lecionava na escola municipal Padre Josimo Tavares. O caso gerou comoção na cidade.

A professora foi localizada em casa após parentes não conseguirem contato por celular e decidirem arrombar o portão. Heidy Aires estava caída no chão do quarto com perfurações de faca. Conforme a SSP, foram desferidos quatro golpes de faca que atingiram o pescoço e o tórax da vítima. Foram encontrados vestígios de sangue ralo e no registro do chuveiro, o que indica que o assassino tomou banho após o crime.

No dia do crime, o marido afirma que estava em Gurupi quando tudo ocorreu, mas a Polícia Civil afirma que ele planejou o crime e deixando o celular no sul do estado propositalmente enquanto se deslocava para Palmas no intuito de cometer o assassinato.

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial ainda em 2015. Durante as investigações o corpo da professora precisou ser exumado para coleta de material genético.

Os exames deram positivo para a presença de material genético de Allan Borges nas mãos da professora. Naquela ocasião, o delegado informou que resultado mostrava que a professora teria tentado se defender de agressões do marido antes de morrer. O laudo foi contestado pela defesa através de uma perícia particular.

O primeiro júri sobre o caso foi marcado para março deste ano, mas precisou ser adiado porque algumas testemunhas não foram localizadas.

Fonte: G1 Tocantins