Os recursos da defesa do ex-presidente Lula são julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 25, e na Tribuna da Assembleia Legislativa do Tocantins (ALTO), o deputado estadual e presidente do PT no Tocantins, Zé Roberto Lula (PT), não deixou o tema passar em branco. “Com tudo que estamos passando no nosso país, não tem como subir à tribuna e não falar do governo do Bozo, que foi eleito em meio a um conjunto de mentiras”, disse o deputado. 

 

Zé Roberto chegou a dizer que nos últimos seis meses, tempo de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), “um festival de coisas ridículas medíocres embasaram as matérias que tramitaram no país inteiro”. A exemplo ele citou a liberação de mais de 300 tipos de agrotóxicos para uso nas lavouras brasileiras. “Em três meses ele [Bolsonaro] liberou mais venenos do que nos mais de 500 anos de história do Brasil”, alertou o deputado ao alegar que até o fim do ano passado o número de agrotóxicos liberados não passava de 200 e hoje ultrapassa a marca dos 500.

 

Para Zé Roberto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também tem que tomar uma atitude sobre as eleições do ano passado. “Está claro que foram empresas que trabalharam na campanha do Bolsonaro, espalhando Fake News, e influenciando o resultado de forma criminosa”, apontou. 

Ele afirmou ainda: “O que vemos hoje é uma organização criminosa, fascista, montada a partir da Lava Jato”, alertou o deputado ao acusar setores do Ministério Público e da Polícia Federal de montar uma espécie de “quadrilha para extorquir pessoas e agir contra o Estado Democrático”. 

O site intercept vem apresentando uma série de reportagens que mostram conversas do ex-juiz Sérgio Moro e membros dos Poderes Judiciário e Legislativo, bem como com o Ministério Público. “Na hora que o intercept começar a liberar o diálogo a respeito das delações premiadas, muita coisa vai ficar clara. Não podemos ter dúvida que o presidente Lula foi vítima de uma grande injustiça”, asseverou o deputado. 

Zé Roberto encerrou seu discurso pedindo a liberdade de Lula, tendo em vista, segundo ele, a falta de provas de condenação. “O mínimo agora é libertar o presidente Lula, tudo que tem contra ele é nulo. Não se pode nenhum brasileiro ser condenado em um processo por crime indeterminado, que é quando ninguém sabe o que é o crime, então, como que alguém pode ser condenado, se não há crime?”, finalizou.