A atuação junto a parlamentares do Tocantins para inclusão de recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA) visando a efetiva implantação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) é o próximo passo da Comissão de Acompanhamento do processo de criação da nova universidade tocantinense. A informação é da presidente da Comissão, professora Kênia Rodrigues. A sanção da lei que cria a UFNT ocorreu na última segunda-feira (08), pelo presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a presidente da Comissão, o trâmite a ocorrer agora é a destinação de recursos para a nova instituição via LOA de 2020; nomeação dos cargos de reitor e vice-reitor (pro tempore), seguindo-se, então, a nomeação de uma comissão de transição entre as duas instituições (UFT e UFNT) para efetivarem a transferência de cursos, cargos, processos, estrutura física e acadêmica. “É preciso fazer uma transição harmônica. Essa comissão – composta por integrantes das duas instituições – terá esse papel”, diz Kênia.
De acordo com a lei sancionada da criação da nova universidade, após a nomeação de reitor e vice-reitor pro tempore a nova instituição terá 180 dias para apresentar ao Ministério da Educação (MEC), uma proposta de estatuto que deverá ser aprovada pelas instâncias competentes. A UFNT nasce do desmembramento dos câmpus de Araguaína e Tocantinópolis; a lei sancionada prevê a criação de câmpus em Guaraí e Xambioá, com a sede da nova instituição em Araguaína.
Fortalecimento e avanço
Para a vice-reitora da UFT, Ana Lúcia de Medeiros, a criação de uma nova universidade em um estado novo como o Tocantins é sempre uma boa notícia. “É uma evolução, uma vitória e o fortalecimento do ensino superior no Tocantins. Quem ganha com isso é o povo tocantinense que passa a contar com mais uma instituição de ensino superior, com qualidade já comprovada, por sua origem na própria UFT, e ampliando ainda mais sua área de abrangência para novos municípios”, diz a vice-reitora.
O reitor, Luís Eduardo Bovolato, pontua que a criação de mais uma instituição de ensino superior é muito positiva para o Tocantins. “Agora o estado é privilegiado com duas universidades federais e o Instituto Federal. Obviamente que este avanço na educação superior terá sequência com mais cursos de pós-graduação e mais acesso ao ensino público superior para jovens da região, trazendo também mudança na qualidade de vida de muitas famílias”, diz. Bovolato enfatiza que as instituições terão vínculos fortes. “A UFNT herda não só dois câmpus e a estrutura, mas também o DNA de nossa Universidade; esperamos que o desempenho que a UFNT terá, tão logo esteja implantada, seja melhor que o da UFT nestes 16 anos, trazendo benefícios para as regiões abrangidas, assim como a UFT gerou”, ressaltou.