Iuri Vieira Aguiar teve prisão preventiva decretada pelo suposto encabeçamento de um grupo que desviava recursos de emendas parlamentares por meio de instituições sem fins lucrativos em Araguaína. A decisão foi do juiz Antônio Dantas de Oliveira Júnior, da 2ª vara criminal de Araguaína.
Iuri já estava detido temporariamente, porém, com a nova decisão, a prisão dele não tem mais prazo para terminar. No documento, Antônio afirma que há indícios da prática de crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa por parte do investigado.
Na sentença, o juiz escreveu deixou claro que levou em consideração depoimentos de outros investigados que confessaram participação no suposto esquema, além da periculosidade de Iuri Vieira Aguiar. Ele é presidente do Instituto Prosperar (IPROS), uma das ONGs investigadas.
A Gazeta tenta contato com o advogado de Iuri.
Entre os demais investigados no esquema, três tiveram as prisões revogadas a pedido da própria Polícia Civil. O entendimento foi de que eles estavam colaborando com as investigações e não apresentavam risco aos trabalhos.
Já João Paulo Silveira, que está detido em Palmas, teve a prisão temporária prorrogada. Ele se entregou após ficar foragido durante a primeira fase da investigação. A polícia acredita que ele é um dos verdadeiros donos de uma das ONGs investigadas.
A Operação
A Polícia Civil acredita que as licitações da ONG Instituto Prosperar (IPROS) foram direcionadas. Um dos principais indícios apontados pelos investigadores é o fato de que, em pelo menos quatro processos, as concorrências foram vencidas pela empresa de um dos diretores da própria IPROS.
A ONG teve acesso a recursos públicos através de convênios com o estado e emendas parlamentares nos últimos três anos. Ela seria responsável por desenvolver atividades ligadas à cultura e à arte.