Traficantes atacaram um terreiro de candomblé localizado no bairro Parque Paulista, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira (11).
Os criminosos invadiram a casa, que funciona há mais de 50 anos, e obrigaram a sacerdotisa responsável pelo espaço a destruir todos os símbolos que representavam os orixás.
Os traficantes, que estavam armados, ainda ameaçaram voltar ao local para atear fogo no terreiro. O caso registrado na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
O interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) do estado, Ivanir dos Santos, diz que casos como este aumentaram não só na Baixada Fluminense, mas também na Região dos Lagos e na Zona Norte do Rio.
“Nós temos hoje mais de 200 casas ameaçadas, onde algumas pessoas foram expulsas e outras casas quebradas. Nós conversamos com o Ministério Público e o governador, ele ficou de marcar uma plenária conosco em que todas as religiões estavam presentes e as vítimas, e com a sua equipe de segurança, tomar medidas concretas. Não foram tomadas até o dia de hoje”, informou Ivanir.
Ainda segundo Ivanir, uma caminhada pela liberdade religiosa está marcada para o próximo domingo (14) e convoca todas as as vítimas da Baixada Fluminense.
“Vamos ter que fazer uma vigília na porta do governador. Eu não tenho dúvidas de que se fosse em uma sinagoga ou uma igreja cristã a atitude do Estado seria outra totalmente diferente”, desabafa Ivanir.