Brener Nunes
Servidores da Prefeitura Municipal de Rio da Conceição estão indignados com a falta de repasse do prefeito Mauro Júnior ao Banco Bradesco, que oferece uma margem consignada aos funcionários. Todos já estão com os nomes negativados.
Segundo um servidor que não quis ser identificado, apenas uma vez no ano os empréstimos estiveram liberados. “Como os juros do Bradesco são menores, todo mundo quis fazer, mas como o prefeito não paga faz três meses, está tudo bloqueado”, afirmou.
O servidor conta que muitos precisam da margem para poder fazer consultas ou pagar outras dívidas. “Eu estou com problema de saúde, tenho colegas com problemas de saúde, e não temos onde recorrer. O prefeito diz que vai resolver o problema, mas quando vamos atrás, o banco diz que está bloqueado”, pondera o servidor.
Em um e-mail do Banco que a Gazeta teve acesso, o Prefeitura deve três meses, maio, junho e julho, nos valores de R$ 7.819,65, R$ 20.343,93 e R$ 20.343, 93, respectivamente.
Tentando resolver o impasse, ainda em abril, o vereador Judson encaminhou um requerimento ao prefeito solicitando explicações.
Em resposta, o secretário de Finanças Marcos Antônio França da Silva, afirmou que o assunto está sendo tratado com prioridade é os repasses estão sendo feitos conforme tratativas com a instrução financeira.
O servidor ainda complementa dizendo que a prefeitura também tem uma dívida com o Banco do Brasil. “O Banco do Brasil até entrou na justiça”, declarou o funcionário.
“Não podemos nem adiantar 13º. Estamos de mãos atadas”, desabafou.
O outro lado
Por telefone, o prefeito Mauro Júnior afirmou que as acusações não procedem.
O gestor explicou que existe um débito, mas é de apenas R$ 2 mil. E que não foi pago ainda porque o banco não sabe de qual mês é a dívida. “A prefeitura está aguardando o relatório do banco”, esclarece.
“Não existe essas dívidas. Não procede. Tenho todos os comprovantes de pagamento”, finalizou o prefeito.