O delegado Wagner Siqueira, responsável pelo inquérito sobre a morte de cinco pessoas da mesma família em Silvanópolis, disse nesta sexta-feira, 26, que tem duas linhas de investigação para o crime. Segundo eles, as evidências iniciais apontam que o avô matou os familiares e depois tirou a própria vida, mas também pode haver outros envolvidos.
“Pelo que foi apurado ali preliminarmente, se trata de múltiplos homicídios seguidos de um suicídio. Agora, essa hipótese vai ser comprovada ou não durante a investigação. Não descartamos também uma sexta pessoa na cena do crime”, informou ele.
Casa onde família foi assassinada em Silvanópolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Militar disse que o revólver utilizado nos assassinatos tinha a numeração raspada. A arma foi encontrada ao lado do avô, Livingstone Pereira Tavares, de 65 anos. Além dele, também morreram Francisca Barros Tavares, 59 anos, Ruth Barros Tavares, 27 anos, Milena Barros Tavares, 8 anos e Jasmim Barros Tavares, de 12 anos.
Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Porto Nacional. A família era do Maranhão e morava em Silvanópolis há pouco tempo. O crime chocou os moradores da pequena cidade.
“Eu fiquei triste com isso ai, porque quem não fica, né? Com a violência em todas as partes. A gente pensa que não vai acontecer pertinho da gente, quando vai ver aconteceu”, comentou a dona de casa Zeni Martins.
Da esquerda: Jasmim Barros Tavares sozinha e acompanhada de Milena Barros Tavares — Foto: Montagem/G1
Filha do casal é localizada
Uma filha do casal Livingstone Pereira Tavares, de 65 anos e Francisca Barros Tavares, 59 anos, encontrado morto dentro de casa em Silvanópolis, foi localizada em Palmas. O delegado Wagner Siqueira disse que ela ainda não foi ouvida porque “está muito abalada”. Ela é irmã de Ruth Barros Tavares, 27 anos, que também está entre os mortos. As filhas de Ruth, Milena, de 8 anos e Jasmim, de 12, também morreram atingidas por disparos de arma de fogo.
O delegado informou que a filha do casal deve ser ouvidas nos próximos dias, bem como outros parentes que forem localizados. A intenção dele é saber como era a relação da família. “Queremos ouvir parentes e pessoas próximas para entender o relacionamento. Também queremos buscar o pai dessas crianças porque elas não são registradas”.
O caso
O comandante da Polícia Militar de Porto Nacional informou que os vizinhos relataram ter ouvido pelo menos seis disparos de arma de fogo na noite anterior, mas só chamaram os militares na manhã desta sexta-feira (26).
Ainda segundo o comandante, a família é natural de outro estado e chegou na cidade há cerca de três meses. O principal suspeito do crime é o avô, que tria chegado em casa nervoso e começado a atirar. Ainda não há informações sobre o velório ou o enterro da família.
Da esquerda: Livingstone, Ruth e Francisca Barros Tavares — Foto: Montagem/G1
Wagner Siqueira é o delegado responsável pelo caso — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Fonte: G1 Tocantins