O secretario Heber Fidelis, da pasta de Cidadania e Justiça do Tocantins, comentou as mortes registradas nos presídios nos últimos dias. Segundo ele, dois presos foram mortos pela facção em que integravam como forma de protesto. O motivo seria as mudanças no reforço da segurança das unidades.
Segundo o secretário, bilhetes enviados de dentro dos pavilhões do presídio Barra da Grota, em Araguaína, informavam que “isso estava acontecendo como forma de protesto com o aparelhamento que estamos colocando nas unidades”, informou Heber.
É que em cinco dias foram registradas quatro mortes em unidades de ressocialização diferentes. A polícia investiga os casos. Pelo menos duas se tratam de presos assassinados por membros das facções que integravam.
Na CPP de Palmas, o presidiário executado fazia parte de uma facção e “foi morto pela própria facção criminosa”, disse o secretário.
Segundo ele, outra facção é responsável pela morte registrada no presídio de Barra da Grota, em Araguaína. “Também executou seu membro”, informou Heber. Na unidade o presidiário Aristeu Ribeiro Filho, 38 anos, foi assassinado e esquartejado.
Já sobre a morte da CPP de Gurupi, o inquérito está sendo investigado pela Polícia Civil. “Tudo leva a crer que foi um suicídio, pela forma que foi encontrado e pelo depoimento de outros presos”, disse o secretário.
Os casos
Nesta terça-feira (6) um adolescente foi encontrado morto nesta terça-feira (6) no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Palmas. O jovem, que cumpria pena por tentativa de estupro, foi visto com um lençol amarrado no pescoço dentro de um alojamento, e a suspeita é que ele tenha tirado a própria vida.
Nesta segunda-feira (6) o presidiário Aristeu Ribeiro Filho, 38 anos, foi assassinado e esquartejado. O preso tinha diversas passagens por roubo e associação criminosa e possuía pelo menos duas condenações na Justiça do Tocantins.
Na última sexta-feira (2), Ademirde Pereira da Silva foi encontrado morto na Casa de Prisão Provisória de Gurupi, na região sul do estado. Ele ficou na unidade menos de três dias após ser preso suspeito de estuprar e torturar a própria ex-namorada.
No domingo (4), o preso Gernilson Vieira de Sousa, de 35 anos, foi encontrado morto dentro do pavilhão A da casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). O homem estava com uma corda artesanal amarrada no pescoço e marcas de perfurações no tórax.
fonte: G1 TO