A não apreciação de medidas provisórias de autoria do Executivo pelos vereadores da Capital continua sendo motivo de discussão na Câmara de Palmas. Na sessão desta terça-feira, 13, o vereador Lúcio Campelo (PL) apontou falta de maturidade e pediu diálogo entre a gestão e a Casa. “Quero aqui conclamar os vereadores para que possamos convidar a prefeita Cinthia Ribeiro ao diálogo. Precisamos ter maturidade”, afirmou.
As MPs venceram na quinta-feira, 8, e definiam a criação da estrutura da Secretaria de Regularização Fundiária e a regulamentação das feiras do município.
O fato da prefeita criticar a Câmara através do Twitter pela não votação das Medidas Provisórias não agradou alguns parlamentares. Na visão de Lúcio, a gestora agiu equivocadamente ao usar as redes sociais para atribuir culpa à Câmara, mas a Casa também cometeu equívoco ao não pautar o processo para que permitisse o plenário a dizer sim ou não. “Nós vereadores não merecemos ser criticados de maneira genérica pela prefeita porque não foi culpa do plenário. O presidente errou ao não pautar e mesmo que fosse voto vencido, tinha que pautar. Houve equívoco dos dois lados e espero que esse fato sirva de exemplo de maturidade para que o diálogo seja de fato estabelecido. Quem vai ganhar com isso é Palmas”, reforçou Campelo.
A líder do governo, Laudecy Coimbra (SD) concordou com a necessidade de diálogo. “Não podemos fazer com que o fuxico seja a pauta da Câmara de Palmas”, disse.
Planejamento de Infraestrutura
Na mesma sessão, Lúcio Campelo aproveitou para pedir planejamento de infraestrutura à gestão da Capital, levando em conta o orçamento de R$ 1,2 bilhão aprovado para 2019. “Precisamos dar respostas para a sociedade”, afirmou.
O Taquari, de acordo com o vereador, recebe há algum tempo promessas tanto do Governo do Estado, quanto da Prefeitura da Capital para asfaltamento, mas continua na poeira. “Quem é que vai cuidar da infraestrutura do Taquari? Já estamos em agosto e o Taquari continua lá, na poeira”, questionou.
Os moradores do Morada do Sol, no Santa Fé II, no Aureny III, dentre outros bairros também sonham com infraestrutura, segundo Campelo,. “No Aureny III são quase 30 anos sem infraestrutura e ninguém fala nada. A Câmara aprovou R$ 1,2 bilhão de orçamento. Cadê o resultado?”, continuou.
Lúcio, mais uma vez, conclamou os demais parlamentares a lutarem em conjunto pelo bem da população palmense. “Digladiar não resolve os problemas da nossa cidade”, finalizou.
Texto: Nayara Pires