O Ministério Público Estadual investiga a falta de UTIs pediátricas nos hospitais de Palmas. Ao todo, a capital dispõe de 20 leitos, mas a estrutura está longe de ser a ideal. Um exemplo é a dona de casa Luziene da Silva Santos, que espera há uma semana o atendimento do filho em uma UTI.

“Ele precisa da UTI. A chance que ele tem é na UTI. Ele está na emergência porque não tem condições. Ele está entubado e sedado”.

 

A autônoma Maria Ivone também procura atendimento desde o início da semana. “Minha filha está precisando urgente de uma vaga na UTI. Ela já é uma criança cardíaca, mas ela agora pegou uma gripe, tampou as vias aéreas e ela ficou sem respirar”.

Quando uma criança chega ao hospital e precisa de atendimento de urgência, mas não há vaga, o procedimento correto é o encaminhamento imediato para outro hospital, que pode ser público ou não.

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A deficiência na estrutura hospitalar chamou a atenção do MPE que vai investigar o atendimento de emergência no estado. “Nós temos priorizado a nossa situação para implementação da Política Nacional de Atenção Hospitalar. O Estado precisa complementar o serviço de UTI pediátrico no Tocantins na medida em que as estruturas próprias não são suficientes para atender esta demanda.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, são 20 leitos de UTIs no sistema público, mas não há vagas em nenhum. Para piorar a situação, uma das empresas conveniadas que oferecem leitos de UTI pediatrica ameaça não receber novos pacientes por problemas contratuais com o governo.

A secretaria informou ainda que está negociando com a empresa contratada e que pode acionar a Justiça caso o atendimento seja interrompido.