Equipe Gazeta do Cerrado

Estudantes indígenas da Universidade Federal do Tocantins – UFT realizam nesta quinta-feira, 05, uma ocupação no campus Palmas em busca de melhorias na política de assistência estudantil.

Representantes falam à Gazeta sobre condições vividas dentro da Universidade para continuarem dentro da sala de aula até concluírem a faculdade.


Segundo Ícaro Pancará, após os índios ingressarem nas faculdades através das vagas cedidas pela lei de cotas, eles terminam retornando para casa devido à falta de apoio psicológico, financeiro e pedagógico. Para ele isso é bastante preocupante, pois ocorre uma evasão muito grande. “Apesar de sermos uma parcela muito pequena dentro da universidade, uma cota de 5%, mas o pessoal não permanece devido todas essas dificuldades. Apesar de pessoas humildes, mas na aldeia a gente não passa fome, não passa necessidade, não passa saudade, e quando chegamos aqui na universidade temos que mudar toda nossa rotina, enfrentamos um grande choque cultural”, diz ele. De acordo ainda com o representante, eles estão reivindicando o apoio da universidade nesse sentido. A maioria dos indígenas vêm das escolas das aldeias que não tem tantos recursos para um ensino de qualidade.


Conforme ele o programa CUBO UFT dar assistência aos índios no quesito alimentação, bolsas e auxílios, mas que é burocrático para conquistar essa bolsa. Segundo ele após fazer um cadastro ainda demora muito para ter aprovação, cerca de 90 dias para fazer análise econômica do aluno indígena, além de exigir vários documentos. Por isso a evasão é muito grande.


“Vamos manter a militância, vamos manter o movimento aqui, para mostrar que temos interesse de formar, de estudar, mas precisamos de apoio”